Deurico/Arquivo Capital News
Empresário Pedro Chaves dos Santos
O empresário Pedro Chaves dos Santos (PSC) vai assumir a vaga do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) no Senado Federal. O agora ex-senador teve o mandato cassado na noite de terça-feira (10) por 74 votos a favor e uma abstenção.
Nascido em Campo Grande no ano de 1940, Chaves é formado em Economia e Engenharia Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas fez carreira na área da educação. Em 1971, assumiu a direção da escola privada Moderna Associação Campograndense de Ensino (MACE).
Em 1974, ele fundou o Centro de Ensino Superior de Campo Grande (Cesup), que nos anos 1990 se tornou a Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp). Chaves foi reitor da Uniderp até 2006, quando vendeu a universidade por R$ 248 milhões para o grupo Anhanguera Educacional.
Em novembro de 2013, Chaves assumiu a Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais (Segov) de Campo Grande. Ele ficou no cargo até março de 2014, quando o prefeito Alcides Bernal (PP) teve o mandato cassado pela Câmara Municipal.
Casado, o empresário possui vínculo familiar com o pecuarista José Carlos Bumlai, preso em regime domiciliar no âmbito da operação Lava Jato. Uma filha de Chaves é casada com um dos filhos de Bumlai. À Justiça Eleitoral, ele declarou ser dono de um patrimônio de mais de R$ 68 milhões. O mandato que Chaves assume vai até 2019.
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Delcídio e Pedro Chaves
Cassação
O Senado Federal decidiu na noite desta terça-feira (10) por 74 votos e uma abstenção cassar o mandato de senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). O parlamentar não foi ao plenário e nenhum advogado se apresentou.
Eram necessários 41 votos dos 80 senadores. O relator do processo contra Delcídio, senador Telmário Mota (PDT-RR) defendeu que o sul-mato-grossense cometeu irregularidades graves e já foi denunciado por formação de organização criminosa e obstrução de investigações da Operação Lava Jato.Caso
Caso
Delcídio foi preso em 25 de novembro de 2015, suspeito de atrapalhar as investigações da operação Lava Jato, que investiga um suposto esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele foi flagrado oferecendo propina e um plano de fuga ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, para que ele não fizesse acordo de delação premiada com o Ministério Público.
O filho de Cerveró, para quem Delcídio fez a proposta, entregou um áudio da conversa às autoridades, o que provocou a prisão em flagrante do senador. Delcídio foi solto após 87 dias, em 18 de fevereiro. No dia 15 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou seu acordo de colaboração premiada.
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*Com informações dos portais G1 e InfoMoney e da Agência Senado
