Campo Grande Sexta-feira, 19 de Abril de 2024


Política Quinta-feira, 03 de Março de 2016, 12:58 - A | A

Quinta-feira, 03 de Março de 2016, 12h:58 - A | A

Brasília

Senador de Roraima é o novo relator do caso Delcídio do Amaral

Votação foi marcada por desistências

Adriel Mattos
Capital News*

Waldemir Barreto/Agência Senado

Telmário Mota é novo relator do caso Delcídio no Conselho de Ética do Senado

Senador Telmário Mota é novo relator no caso de Delcídio do Amaral no Conselho de Ética

O senador Telmário Mota (PDT-RR) é o novo relator da representação contra Delcídio do Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética do Senado. O nome de Telmário foi sorteado na quarta-feira (2), depois que o primeiro relator do caso, Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), foi removido a pedido dos advogados de Delcídio porque seu partido apoiou a representação.

O pedetista tem cinco dias úteis para tomar conhecimento da defesa prévia de Delcídio e dar parecer se o processo contra ele deverá ser aberto ou arquivado. O parecer dele será votado pelo conselho na próxima quarta-feira (9). Porém, ele não antecipou seu voto.

Pedro França/Agência Senado

Senador Delcídio do Amaral (PT-MS)

Senador Delcídio do Amaral

O sorteio do novo relator foi marcado por desistências. Vários senadores pediram para serem retirados do sorteio. “Não queriam por foro íntimo”, afirmou o presidente do colegiado, senador João Alberto Souza (PMDB-MA).

Por fim, ao se retirarem os desistentes e os nomes daqueles filiados aos partidos impedidos de relatar (PT, PSDB, DEM e Rede), ficaram como candidatos apenas Telmário, Lasier Martins (PP-RS) e João Capiberibe (PSB-PB).

Logo após ter seu nome sorteado, Mota garantiu que, ao contrário dos colegas, não se sente constrangido em relatar o caso de Delcídio. “Um senador tem que ser senador por inteiro. Se você vem para cá com alguma coisa que lhe impeça de fazer o seu trabalho, é melhor ir embora para casa”, disse.

 

 

Saiba mais

  Delcídio se afasta da presidência da CAE para dedicar-se à sua defesa

  Senado só dará continuidade à avaliação sobre cassação de Delcídio após posição do STF

  Em carta a senadores, Delcídio volta a negar ameaças e diz ser leal a MS

  Delcídio continuará suspenso do PT até que apresente defesa

  Na mira da Justiça e do Conselho de Ética, Delcídio aposta que conseguirá provar inocência
  Delcídio continuará suspenso do PT até que apresente defesa

  A pedido da defesa, relator do caso Delcídio é destituído no Senado

  Governo indica senador de Pernambuco no lugar de Delcídio na liderança do Senado

  Por motivos de saúde, Delcídio do Amaral se licencia por 15 dias do Senado

  Delcídio apresenta defesa prévia no Conselho de Ética

  STF determina soltura do senador Delcídio do Amaral

  Senador Delcídio do Amaral é preso durante diligência da operação Lava Jato em Brasília

 

Wilson Dias/Agência Brasil

Nestor Cerveró

Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras

Prisão
Delcídio do Amaral passou 87 dias preso após ser flagrado em uma gravação na qual oferecia R$ 50 mil por mês e um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, não fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público no âmbito da Operação Lava Jato. A gravação foi feita pelo filho do ex-diretor, Bernardo Cerveró, que recebeu a oferta de Delcídio e entregou o áudio aos procuradores do caso.

Na conversa, Delcídio também garantia a Bernardo que poderia conseguir um habeas corpus para Nestor Ceveró no Supremo Tribunal Federal porque tinha influência sobre alguns ministros. A defesa do senador alega que ele era amigo da família Cerveró e participou da reunião nesta condição e não como parlamentar. Além disso, os advogados alegam que Delcídio citou a possibilidade de conseguir a soltura do ex-diretor como uma forma de “acalentar um filho desesperado”, mas nunca chegou a executar de fato nenhuma das propostas feitas na conversa.

O advogado do senador, Gilson Dipp, que pediu a troca da relatoria no conselho, disse que ficou satisfeito com a mudança e espera que ela contribua para que o caso seja analisado de forma equilibrada. “Os três nomes eram bons. Nós temos que confiar que o relator seja isento e faça um relatório justo”, disse.


*Com informações da Agência Brasil

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS