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Política Terça-feira, 01 de Março de 2016, 16:35 - A | A

Terça-feira, 01 de Março de 2016, 16h:35 - A | A

Fora de Comissão

Delcídio se afasta da presidência da CAE para dedicar-se à sua defesa

O pedido de renúncia foi lido pelo vice-presidente da CAE, Raimundo Lira (PMDB-PB), na abertura da reunião da comissão nesta tarde

Gilmar Lisboa
Capital News

Agência Brasil/Arquivo

Na volta ao Senado, Delcídio vai enfrentar pressão do PT para deixar comando da CAE

No lugar do senador assume a CAE a também petista Gleisi Hoffmann

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) renunciou nesta terça-feira (1º) à presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Segundo a Agência Brasil, o pedido de renúncia foi lido pelo vice-presidente da CAE, Raimundo Lira (PMDB-PB), na abertura da reunião da comissão nesta tarde.


A agência lembra que Delcídio ficou mais de 80 dias preso, após apresentação de uma gravação em que ele oferece R$ 50 mil por mês e um plano de fuga ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, para que este não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público no âmbito da Operação Lava Jato.


No pedido de renúncia, conforme a reportagem, o senador alega que precisará se dedicar à sua defesa e, por isso, abre mão da presidência de uma das comissões mais importantes do Senado.


“Considerando a necessidade de preparar meu retorno à base eleitoral que represento, concentrar-me na defesa junto ao Conselho de Ética e ao restabelecimento pleno da minha saúde, deixo a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado Federal.”


A agência recorda que mesmo tendo passado para o regime de prisão domiciliar no dia 18 de fevereiro, Delcídio ainda não retornou ao Senado. Ele pediu licença por 15 dias para fazer exames, e o prazo poderá ser prorrogado. O afastamento definitivo da presidência da CAE abre espaço para que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) seja eleita para o cargo, assinala a reportagem.

 

Correção: o Capital News errou ao informar, induzido pela Agência Brasil, que o senador Delcídio do Amaral passou para o regime de prisão domiciliar. Na verdade, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) cita "recolhimento domiciliar", obrigando o parlamentar apenas a permanecer em casa durante à noite.

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