Campo Grande 00:00:00 Terça-feira, 02 de Dezembro de 2025


Meio Ambiente Segunda-feira, 10 de Julho de 2023, 15:54 - A | A

Segunda-feira, 10 de Julho de 2023, 15h:54 - A | A

Pantanal

Estudo detalha períodos críticos de queimadas na Rede Amolar

Setembro é o mês quando a região costuma ser mais afetada

Layane Costa
Capital News

Divulgação/IHP

Fogo Pantanal: Estudo é desenvolvido sobre as queimadas registrada na Rede Amolar

Serra do Amolar em Corumbá

Um estudo amplo foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ) sobre o fogo registrado na Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar (Rede Amolar). Na linha do tempo montada com os dados dos últimos 11 anos, é possível perceber como o ciclo do fogo no Pantanal decorreu e há indicativo que o período mais crítico para incêndios começa em setembro.


No ano de 2020, houve danos catastróficos em todo a Rede Amolar, um território que é corredor de biodiversidade, formado por Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) e o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, área de Patrimônio Natural da Humanidade. Sendo formado por 300 mil hectares e abriga espécies como a onça-pintada, ariranhas, antas, tamanduás-bandeiras.

“De acordo com registros históricos, a região da Rede Amolar costuma ser mais afetada pelo fogo a partir de setembro, com a atenção se estendendo até janeiro. Em muitos anos, como 2013, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2022, os meses do final da primavera ou início do verão são os mais afetados do ano”, detalhou os pesquisadores do Lasa/UFRJ.

O presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Ângelo Rabelo, reforça que após a queimada de 2020, a região ainda passa por um processo de recuperação. “Essa área representa um corredor para a biodiversidade onde há centenas de espécies de mamíferos, de aves e de répteis. Fizemos o plantio de 25 mil mudas em parte dessa área, mas ainda é preciso uma continuidade de ações para garantir a conservação e o processo de produção de natureza que é possível ter nesse território.”

A mobilização em torno do desenvolvimento científico e a implantação de ações de conservação na Rede Amolar fazem parte do projeto de mitigação dos efeitos dos incêndios de 2020 e prevenção contra novos incêndios na Serra do Amolar, no Pantanal.

Patrimônio da Humanidade
A região da Serra do Amolar em 2020, foi atingida pelo maior incêndio já registrado em mais de um século de registros. Em torno de 97% da área foi queimada. Essa região faz parte da Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar. A Rede é um programa criado em 2008 pelo IHP, que abrange áreas federais, estaduais e particulares, incluindo o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, sítio de importância internacional pela Convenção de Ramsar.

A Serra do Amolar é classificada pelo Ministério do Meio Ambiente como uma área de conservação de biodiversidade de prioridade extremamente alta. A Unesco denomina essa região como Reserva da Biosfera Mundial e desde 2000 considera o Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal (Parque Nacional, RPPN Acurizal, RPPN Penha, RPPN Dorochê e RPPN Rumo ao Oeste) como Patrimônio Natural da Humanidade.

• • • • • 
• Junte-se à comunidade Capital News!
Acompanhe também nas redes sociais e receba as principais notícias do MS onde estiver.

• • • • • 
• Participe do jornalismo cidadão do Capital News!
Pelo Reportar News, você pode enviar sugestões, fotos, vídeos e reclamações que ajudem a melhorar nossa cidade e nosso estado. 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS