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Política Sexta-feira, 04 de Março de 2016, 12:45 - A | A

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Avaliação

Administração Bernal é reprovada por 41% da população de Campo Grande, aponta Ipems

Prefeito vem enfrentando inúmeros desafios desde que assumiu o cargo

Adriel Mattos
Capital News

Deurico/Capital News

Alcides Bernal

Prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal

Pesquisa do Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems) divulgada nesta sexta-feira (4) mostra que a administração do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), tem boa avaliação da maioria da população da capital do estado. Apenas 27,02% aprovam a gestão progressista.

41,7% desaprovam o modo de governar do prefeito. 31,28% acreditam que a administração Bernal é regular. Somados os dois percentuais, 72,98% dos campo-grandenses apoiam o progressista.

O levantamento do Ipems, encomendado pela Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (Fiems), foi realizado entre os dias 20 e 25 de fevereiro e ouviu 1.600 pessoas, em quatro municípios, para saber a opinião sobre o governo Dilma Rousseff, a administração Reinaldo Azambuja e as gestões dos prefeitos de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá.

A margem de erro é de 2,45 pontos para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa, segundo a Fiems, é de 95%.


Altos e baixos
Bernal vem enfrentando diversos desafios ao longo dos últimos quatro anos de seu mandato. Assumiu o cargo de prefeito em 1º de janeiro de 2013, com uma oposição maciça na Câmara Municipal.

 

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Suspeito de cometer irregularidades em contratos emergenciais, o progressista teve o mandato cassado pelos vereadores em 12 de março de 2014. Enquanto esteve fora do cargo, Bernal concorreu à uma vaga no Senado ainda em 2014, mas não obteve êxito.

Em 15 de maio, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, suspendeu o decreto de cassação e concedeu liminar para o prefeito cassado voltasse ao cargo. Mas na madrugada do dia seguinte, o Tribunal de Justiça (TJ-MS) revogou a liminar, atendendo recurso da Câmara.

No dia 25 de agosto de 2015, o TJ-MS determinou o afastamento do então prefeito Gilmar Olarte (PP) e do presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB). Naquele dia, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a operação Coffee Break, que investiga suposto esquema para cassar o mandato de Bernal.

No mesmo dia, o mesmo tribunal derrubou a liminar da Câmara, abrindo espaço para que Alcides Bernal voltasse à prefeitura. Ele voltou a ocupar o Paço Municipal em 27 de agosto.

Desde então, a situação política do progressista se assemelha à primeira parte de seu mandato. Bernal continua acusando vereadores de quererem dar um novo “golpe” da administração e enfrentando problemas com servidores.

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