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Saúde e Bem Estar Quarta-feira, 10 de Setembro de 2025, 18:42 - A | A

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Cenário Preocupante

Mato Grosso do Sul já registra 923 mortes por infarto em 2025, diz SES

Especialistas destacam importância da acreditação hospitalar na resposta rápida

Viviane Freitas
Capital News

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, cerca de 19,8 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares no mundo — o equivalente a 32% de todas as mortes globais. Dentre elas, 85% foram causadas por infarto e AVC, com mais de 75% dos óbitos ocorrendo em países de baixa e média renda.

No Brasil, o cenário segue preocupante. O Ministério da Saúde aponta o infarto agudo do miocárdio como a principal causa de morte. Somente no primeiro semestre de 2025, foram realizados 1,6 milhão de atendimentos ambulatoriais relacionados à doença. Em 2024, esse número chegou a 2,9 milhões, e os óbitos por infarto somaram mais de 93 mil. Em Mato Grosso do Sul, de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 923 mortes por infarto e 450 por AVC.

Entre 2023 e 2025, o Governo Federal investiu R$ 949,2 milhões em atendimentos hospitalares e ambulatoriais para tratar essas doenças. Em 2024, foram registrados mais de 196 mil atendimentos hospitalares e 1 milhão ambulatoriais relacionados a problemas cardiovasculares.

A gerente geral de Operações da Organização Nacional de Acreditação (ONA), Gilvane Lolato, reforça o papel da qualidade hospitalar nesses casos. “A acreditação exige protocolos clínicos claros. Um deles determina que o eletrocardiograma seja feito em até 10 minutos após a chegada do paciente com dor no peito”, explicou. “Essas medidas salvam vidas.”

Gilvane também destaca que hospitais acreditados reduzem falhas, promovem segurança e agilizam decisões em emergências. “Capacitar as equipes e garantir comunicação eficiente entre pronto-socorro e cardiologia é essencial para evitar mortes evitáveis por infarto ou AVC”, concluiu.

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