De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2022, cerca de 19,8 milhões de pessoas morreram por doenças cardiovasculares no mundo — o equivalente a 32% de todas as mortes globais. Dentre elas, 85% foram causadas por infarto e AVC, com mais de 75% dos óbitos ocorrendo em países de baixa e média renda.
No Brasil, o cenário segue preocupante. O Ministério da Saúde aponta o infarto agudo do miocárdio como a principal causa de morte. Somente no primeiro semestre de 2025, foram realizados 1,6 milhão de atendimentos ambulatoriais relacionados à doença. Em 2024, esse número chegou a 2,9 milhões, e os óbitos por infarto somaram mais de 93 mil. Em Mato Grosso do Sul, de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 923 mortes por infarto e 450 por AVC.
Entre 2023 e 2025, o Governo Federal investiu R$ 949,2 milhões em atendimentos hospitalares e ambulatoriais para tratar essas doenças. Em 2024, foram registrados mais de 196 mil atendimentos hospitalares e 1 milhão ambulatoriais relacionados a problemas cardiovasculares.
A gerente geral de Operações da Organização Nacional de Acreditação (ONA), Gilvane Lolato, reforça o papel da qualidade hospitalar nesses casos. “A acreditação exige protocolos clínicos claros. Um deles determina que o eletrocardiograma seja feito em até 10 minutos após a chegada do paciente com dor no peito”, explicou. “Essas medidas salvam vidas.”
Gilvane também destaca que hospitais acreditados reduzem falhas, promovem segurança e agilizam decisões em emergências. “Capacitar as equipes e garantir comunicação eficiente entre pronto-socorro e cardiologia é essencial para evitar mortes evitáveis por infarto ou AVC”, concluiu.