O juiz Deyvis Ecco, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, marcou quatro dias de audiências para ouvir 79 testemunhas no processo que apura o desvio de R$ 8 milhões da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A ação é um desdobramento da Operação “Turn Off”, que investiga um rombo de R$ 68 milhões em contratos públicos nas áreas da Saúde e Educação de Mato Grosso do Sul. Nesse caso específico, o foco é o núcleo que teria desviado verbas destinadas à compra de materiais de ostomia voltados ao atendimento de crianças doentes assistidas pela Apae.
O processo trata do crime de peculato, que ocorre quando alguém se aproveita de cargo ou vínculo com a administração pública para desviar recursos públicos. A pena prevista varia de 4 a 12 anos de prisão.
São réus na ação os irmãos empresários Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior, o ex-coordenador da Apae, Paulo Henrique Muleta de Andrade, e a ex-supervisora do setor de estomaterapia e curativos da instituição, Kellen de Lis Oliveira da Silva.
Os três primeiros chegaram a ser presos duas vezes ao longo das investigações, mas atualmente respondem em liberdade, sob medidas cautelares.
De acordo com despacho do magistrado, as audiências estão previstas para ocorrer entre os dias 13 e 16 de abril de 2026, no Fórum de Campo Grande, seguindo esta programação:
13 de abril de 2026: oitiva das testemunhas do Ministério Público (12 pessoas) e de Lucas Coutinho (5 pessoas);
14 de abril de 2026: oitiva das testemunhas de Sérgio Coutinho (23 pessoas);
15 de abril de 2026: oitiva das testemunhas de Paulo de Andrade (23 pessoas);
16 de abril de 2026: oitiva das testemunhas de Kellen Lis (16 pessoas) e, se necessário, de peritos e dos quatro réus.
O caso é um dos principais desdobramentos da Operação “Turn Off”, que revelou um esquema de corrupção milionário envolvendo contratos públicos e recursos destinados a áreas sensíveis, como o atendimento de pessoas com deficiência.
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