Mato Grosso do Sul tem se destacado nacionalmente pela política de ressocialização por meio do trabalho. Segundo dados do 18º ciclo do Sisdepen, divulgados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), 33,5% da população carcerária do Estado participa de atividades laborais — índice superior à média nacional, de 26,1%.
Atualmente, 5.860 dos 17.478 internos do sistema prisional sul-mato-grossense trabalham dentro ou fora das unidades, resultado de parcerias firmadas pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) com instituições públicas e privadas. O Estado também se destaca pela alta proporção de presos remunerados: mais de 65% dos trabalhadores recebem pagamento pelo serviço prestado, percentual bem acima do registrado em outras unidades da federação.
Outro ponto de avanço é a inclusão feminina. Mato Grosso do Sul tem 535 mulheres presas em atividade laboral, ocupando a 5ª posição nacional e a liderança no Centro-Oeste.
Para a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, os resultados mostram que o trabalho prisional é um instrumento efetivo de transformação. “Cada oportunidade representa uma chance real de recomeço, fortalecendo a disciplina, a responsabilidade e a autoestima dos custodiados”, afirmou.
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