A Polícia Civil concluiu a investigação sobre o acidente que vitimou o gari da Solurb CG, Cipriano Pereira Quinhones, de 60 anos, e indiciou o motorista do caminhão envolvido. O caso ocorreu na tarde do dia 17 de setembro, na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande. Após a perícia, foi descartada a hipótese de que outro veículo tivesse atropelado o trabalhador.
O delegado Sam Ricardo Aranha Suzumbarra, da 6ª Delegacia de Polícia Civil, explicou ao Capital News que o caminhão realizou uma manobra de marcha à ré, o que contraria os protocolos de segurança da empresa. “Por conta dos diversos pontos cegos, esse tipo de manobra só deve ser feito com o auxílio de alguém para sinalizar. No caso, essa pessoa seria justamente a vítima”, afirmou o delegado.
De acordo com o inquérito, os garis trabalhavam recolhendo sacolas de grama quando o acidente ocorreu. O caminhão trafegava pela pista exclusiva de ônibus e táxis. A princípio, circulou a versão de que Cipriano teria sido atingido por outro veículo, mas a perícia apontou que apenas um caminhão com aquele porte poderia causar os ferimentos observados. As marcas no corpo e no asfalto reforçaram essa conclusão.
Para o delegado, houve imprudência do motorista ao realizar a manobra sem auxílio. “Quando ele fez uma parada total, a vítima provavelmente acreditou ser seguro descer do caminhão. Foi nesse momento que acabou sendo atingido”, explicou. O GPS do veículo confirmou o movimento de marcha à ré, embora o motorista negue ter atropelado o colega, alegando que manobrou para desviar do corpo.
Em nota, a Solurb informou ao Capital News que está prestando apoio à família do gari e ao motorista envolvido. “Não tínhamos conhecimento do indiciamento até o momento. O colaborador está sendo assistido pela empresa, e mantemos contato com a família da vítima para oferecer suporte”, declarou. A empresa acrescentou que seus protocolos de segurança são constantemente revisados para evitar novas tragédias.
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