A juíza Marilsa Aparecida da Silva Baptista, da 3ª Vara Cível de Dourados, condenou um estudante ao pagamento de R$ 15 mil por danos morais a um médico agredido fisicamente em uma casa noturna do município. A decisão considerou a gravidade das lesões, o impacto emocional e os prejuízos profissionais enfrentados pela vítima após o episódio.
Segundo as informações, o médico estava na fila para pagar a comanda e deixar o local quando foi atingido na cabeça com uma garrafa de vidro. Já caído, ele recebeu chutes no rosto e só parou de ser agredido após a intervenção de outras pessoas, que o socorreram e o encaminharam a um hospital da cidade.
O conflito teria começado após o médico abordar o estudante perguntando sobre uma jovem que estava no camarote. Ao saber que ela não era sua namorada, o médico pediu o telefone da moça. Irritado com a abordagem, o estudante voltou posteriormente com um terceiro rapaz para questionar se o médico ainda queria o número da jovem. O médico, então acompanhado de outra pessoa, recusou. Minutos depois, foi surpreendido pelas agressões.
A violência resultou em fratura na base da órbita esquerda, o que impediu o médico de trabalhar temporariamente por não conseguir utilizar os óculos de proteção necessários para procedimentos cirúrgicos. Além das consequências financeiras, ele relatou sofrimento emocional, humilhação e angústia decorrentes do ataque.
Na contestação, o réu alegou ausência de provas quanto ao afastamento da vítima e pediu a improcedência da ação ou a redução da indenização. No entanto, ao julgar o caso, a magistrada reconheceu o dano moral.
"Observando os elementos apresentados na situação, como a gravidade do dano, da intensidade e da duração das consequências, resta comprovado o dano moral, sendo que o valor que expressa justiça corresponde a R$ 15 mil”, destacou a juíza
Na esfera criminal, o estudante já havia sido condenado a três anos de prisão em regime aberto, por lesão corporal grave.