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Internacional

Alta na soja é impulsionada por novas taxas na Argentina

Exportações brasileiras podem ganhar força com aumento das retenciones no país vizinho

Elaine Oliveira
Capital News

Os preços da soja estão em alta no mercado interno e internacional neste início de julho, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O movimento de valorização tem como principal fator a recente elevação das alíquotas de exportação na Argentina, maior concorrente do Brasil nas exportações do grão e seus derivados.

Conforme a Bolsa de Rosário, o governo argentino oficializou em 27 de junho o reajuste das chamadas retenciones, as taxas de exportação de produtos agrícolas. Desde 1º de julho, a alíquota sobre a soja subiu de 26% para 33%, enquanto farelo e óleo de soja passaram de 24,5% para 31%.

Esse aumento significativo tende a desestimular as exportações argentinas, redirecionando parte da demanda global para outros grandes players, como Estados Unidos e Brasil. A expectativa é que compradores internacionais optem por mercados com menor incidência de tributos, favorecendo os preços brasileiros.

No entanto, no mercado doméstico, a queda do dólar acabou limitando os ganhos. A moeda norte-americana fechou junho com média de R$ 5,53, o menor patamar desde o mesmo mês de 2024. Um dólar mais fraco reduz a competitividade das exportações nacionais, já que os contratos internacionais são cotados na divisa americana.

A combinação desses fatores cria um cenário misto para os produtores brasileiros: oportunidade externa ampliada com a situação na Argentina, mas com desafios internos trazidos pela oscilação cambial. A movimentação do mercado segue sendo acompanhada com atenção por analistas e exportadores.

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