O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul deflagrou, nesta quarta-feira (31), a Operação Oscurità. A ação, tem o objetivo de cumprir seis mandados de busca e apreensão nos Municípios de Campo Grande e Camapuã.
A investigação foi iniciada após a descoberta de um esquema de desvio do dinheiro público repassado pelo Estado à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande. Isso teria ocorrido, segundo o MPE, em razão de convênios firmados para o atendimento de pacientes que precisaram passar por uma intervenção cirúrgica.
O operação conta com apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO). A investigação apurou que desde 2021, o ex-coordenador da APAE direcionava as compras realizadas pela entidade, com dinheiro público, para empresas fictícias criadas por ele mesmo, em nome de terceira pessoa.
De acordo com o MPE, o ex-coordenador teria desviado em seu benefício particular, um total apurado de R$ 8.066.745,25. A investigação contou com a colaboração da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande e seu setor de compliance.
A Associação apurou que, após o afastamento do investigado, foi registrada uma redução nos custos das compras de produtos antes realizadas pelo ex-coordenador. Ele também foi denunciado pelo crime de corrupção passiva, cuja denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário em 28 de junho de 2024.