Francisco Cezário de Oliveira voltou a recorrer à Justiça para tentar anular a eleição de abril de 2025, que confirmou Estevão Petrallas como presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).
A defesa de Cezário alega que a votação não deveria ter ocorrido, já que ainda havia ação judicial sobre a assembleia de outubro de 2024, que o retirou oficialmente do cargo.
O ex-presidente Francisco Cezário, que esteve à frente da federação por 28 anos, foi preso duas vezes durante a Operação Cartão Vermelho, acusado de liderar um esquema de desvio de mais de R$ 10 milhões. Ele responde pelos crimes de peculato, organização criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro, e atualmente está em liberdade provisória com tornozeleira eletrônica.
A. Ramos/Capital News

Apoiado por clubes amadores e Profissionais, Estêvão Petrallás foi eleito presidente da FFMS em Abril de 2025
A FFMS, por sua vez, afirma que a Justiça Comum não tem competência para julgar atos internos da entidade. "A Justiça Desportiva é o órgão competente para analisar eleições e decisões administrativas da Federação", destacou a entidade na ação judicial.
Para justificar a destituição, a FFMS anexou documentos que mostram supostas transferências de R$ 2 milhões da entidade a parentes de Cezário, além de falsificação de carimbos e omissão de dados em balanços financeiros. “Os atos de má gestão foram avaliados em assembleia conforme o estatuto, com direito de participação de todos os filiados, inclusive do próprio Cezário”, concluiu a defesa da entidade.
Entenda o caso
O presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) Francisco Cezário, foi preso no dia 21 de Abril de 2024 em Campo Grande durante operação Cartão Vermelho do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga o desvio de R$ 10 milhões da Federação.
Duas semanas após a prisão de Cezário, o Gaeco concluiu a investigação sobre os desvios na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. Os promotores Gerson Eduardo de Araújo, Tiago Di Giulio Freire, Moisés Casarotto e Antenor Ferreira de Rezende Neto apresentaram a denúncia contra Cezário e os 11 nomes mencionados.
O Gaeco quer que Cezário seja punido por cinco crimes: liderar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O ex-dirigente é acusado de desviar R$ 10 milhões da federação e de esconder R$ 800 mil em espécie em casa.
A defesa tentou mas sem sucesso levar às instâncias superiores o processo de Francisco Cezário, ex-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), que o afastou do cargo após 28 anos de mandato.
GAECO - MPMS

O ex-dirigente Francisco Cezário, é acusado de desviar R$ 10 milhões da federação de futebol e de esconder R$ 800 mil em espécie em casa
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