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Polícia Quinta-feira, 24 de Julho de 2025, 09:09 - A | A

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Mato Grosso do Sul

Mulher inventa roubo de celular para esconder vício da família

Caso foi esclarecido pela DERF após investigações apontarem versão falsa da vítima

Elaine Oliveira
Capital News

O Setor de Investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (DERF) esclareceu um caso de falso roubo de celular, inicialmente registrado na 2ª Delegacia de Polícia. A suposta vítima, M.A.R., de 48 anos, havia comunicado que foi assaltada por dois homens em uma motocicleta nas imediações do CEASA, no bairro Coronel Antonino, no dia 22 de junho.

Ao ouvir o relato, os policiais da DERF identificaram incongruências na narrativa. Ainda assim, prosseguiram com a investigação e localizaram pessoas que haviam feito transferências bancárias a partir do aparelho de M.A.R. e que estavam com o celular em mãos.

Uma das pessoas identificadas foi W.R.S., de 39 anos, que estava preso e confessou que, na verdade, não houve assalto. Ele relatou que M.A.R. é usuária de entorpecentes e que, no dia do ocorrido, estava com ele e outros usuários em sua casa. Após uma briga entre M.A.R. e outra mulher, ela foi ferida com uma faca no braço e fugiu do local com medo, deixando o celular para trás. O aparelho foi posteriormente vendido no “Carandiru”, conhecido ponto de tráfico.

Segundo W.R.S., as transferências bancárias feitas a partir do celular foram realizadas pela própria M.A.R. para comprar pasta base de cocaína e cigarros.

Confrontada com os novos elementos da investigação, M.A.R. confessou que inventou o assalto para esconder da família o seu vício em drogas, que mantém em segredo há três anos. “Como cheguei machucada e sem o celular em casa, tive medo de meu marido e meus filhos descobrirem a verdade”, disse ela aos investigadores. A mulher também confirmou que conhecia todas as pessoas envolvidas e que frequentava pontos de venda de drogas nas regiões da Imperial e do Carandiru.

O celular foi recuperado e devolvido à proprietária. Já M.A.R. responderá criminalmente por falsa comunicação de crime.

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