A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Campo Grande subiu 3,8% em julho, alcançando 105,5 pontos, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O índice supera o registrado em junho e representa um avanço no otimismo dos consumidores da capital sul-mato-grossense.
O destaque vai para as famílias com renda de até 10 salários mínimos, que saíram da chamada "zona negativa" — quando o índice está abaixo de 100 pontos — e chegaram a 103,3 pontos, com aumento de 4,1%. Entre as famílias de maior renda, o ICF alcançou 116,6 pontos, com crescimento de 2,4%.
A economista Regiane Dedé de Oliveira, do IPF/MS, avalia que a sazonalidade contribuiu para o avanço: "Estamos próximo ao Dia dos Pais, que é uma data muito importante no calendário sazonal e que deve movimentar cerca de R$ 300 milhões na economia do Estado".
Entre os componentes do ICF, os que mais cresceram em julho foram a perspectiva profissional, com alta de 6,6%, o nível de consumo atual, que subiu 5,8%, e a avaliação do momento para compra de bens duráveis, com crescimento de 4,2%.
Quanto ao comportamento atual de consumo, 60,3% dos entrevistados demonstraram expectativa positiva para os próximos seis meses. No entanto, 31,7% disseram estar consumindo menos, enquanto 16,3% aumentaram as compras e 51,9% mantiveram o mesmo nível do ano passado.