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Polícia Quarta-feira, 23 de Julho de 2025, 15:27 - A | A

Quarta-feira, 23 de Julho de 2025, 15h:27 - A | A

Prejuízo estimado é de R$ 1,3 milhão

Operação Portare: PF e CGU investigam desvios no DSEI e cumprem mandado em Campo Grande

Ação apura superfaturamento e favorecimento em contratos emergenciais de locação de veículos

Elaine Oliveira
Capital News

A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira (23) a Operação Portare, que investiga esquema de corrupção em contratos de locação de veículos firmados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Cuiabá (MT). Um dos alvos da operação foi uma locadora de veículos situada em Campo Grande (MS), onde um carro foi apreendido durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão.

A empresa investigada na Capital é a Cunha Locação, Serviços e Transportes LTDA (CNPJ 20.357.581/0001-20), cuja relação direta com o DSEI-Cuiabá não foi detalhada pelas autoridades, assim como o modelo do veículo apreendido.

Ao todo, a operação cumpre 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande (MS), Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis (MT), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Boa Vista (RR). A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens de 10 investigados, que somam cerca de R$ 20 milhões, além do afastamento cautelar de dois servidores públicos.

Segundo a investigação, iniciada após denúncias anônimas, foram identificados indícios de inexecução contratual, superfaturamento, fraudes em licitações e pagamentos de vantagens indevidas a servidores do DSEI. As contratações emergenciais investigadas ocorreram nos anos de 2023 e 2024, e teriam sido marcadas por acertos prévios entre agentes públicos e empresas privadas.

O prejuízo já identificado aos cofres públicos é de R$ 1,3 milhão, mas a PF também apura novas irregularidades em licitação homologada em 2025, cujo principal item teve valor contratado de R$ 25 milhões.

A Operação Portare integra um esforço conjunto para coibir corrupção na saúde indígena, setor sensível e estratégico, e reforça a importância do controle na gestão de recursos públicos voltados a populações vulneráveis.

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