Quatro meses após ser preso na Operação Occulto, o ex-coordenador da Apae, Paulo Henrique Muleta Andrade, conseguiu liberdade provisória. A decisão foi publicada no Diário da Justiça nesta quinta-feira (10) e determina o uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias.
Embora o processo tramite em sigilo, a 2ª Vara Criminal de Campo Grande informou que Paulo terá que cumprir medidas cautelares. Ele está proibido de mudar de residência ou deixar a cidade por mais de oito dias, além de ter que cumprir recolhimento domiciliar noturno.
A Justiça também determinou que ele não mantenha contato com outros investigados, denunciados ou testemunhas do caso. Paulo já havia sido preso anteriormente, em dezembro de 2023, durante a operação Turn Off, mas foi solto pouco tempo depois.
Em março deste ano, ele voltou a ser alvo do Gaeco e do Gecoc na Operação Occulto. As investigações apontam que o ex-coordenador atuava em um esquema com empresas de fachada que simulavam vendas para a rede pública de saúde.
Segundo o Ministério Público, o grupo criminoso desviou mais de R$ 8 milhões em recursos da Secretaria de Estado de Saúde, que deveriam atender pacientes ostomizados. Paulo Henrique é investigado desde 2021 por envolvimento nesse esquema.