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Agronegócio Quinta-feira, 10 de Julho de 2025, 17:56 - A | A

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Suspensao

China mantém bloqueio à carne de frango de Mato Grosso do Sul após gripe aviária

Mesmo com vigilância sanitária, país asiático resiste a retomar importações

Viviane Freitas
Capital News

Mesmo com o reforço das ações de vigilância sanitária em Mato Grosso do Sul, dez países ainda mantêm a suspensão total das exportações de carne de frango do Brasil, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Entre eles está a China, principal compradora do produto sul-mato-grossense, que resiste em retomar as compras após o registro de um caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul. “A Iagro concluiu no dia 30 de junho o 3º Ciclo do Plano de Vigilância para Influenza Aviária e Doença de Newcastle”, informou o órgão estadual.

De acordo com o boletim da Casa Rural, a China foi responsável por 16,3% da receita de exportações de carne de frango de Mato Grosso do Sul no primeiro trimestre deste ano, com 7,17 mil toneladas embarcadas — um aumento de 36% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar disso, os reflexos da suspensão preocupam os produtores locais. A reportagem procurou a presidente da associação dos avicultores do Estado, Franciele Corneli, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

Enquanto alguns mercados ainda mantêm restrições, o Mapa anunciou nesta terça-feira (8) que África do Sul e Singapura retomaram as compras da carne de ave brasileira, somando 26 países que já voltaram a importar. Outros com restrição apenas ao Rio Grande do Sul incluem Reino Unido, Arábia Saudita, Rússia e México. “A vigilância constante é a chave para manter a confiança dos mercados internacionais e proteger nossas cadeias produtivas”, afirmou o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold.

Entre julho de 2024 e junho de 2025, a Iagro realizou mais de 1,5 mil coletas em 31 municípios de Mato Grosso do Sul, tanto em granjas comerciais quanto em áreas de subsistência. “A vigilância em aves de subsistência é uma etapa crucial do programa”, destacou Kamylla Silveira, coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Avícola no Estado. O esforço visa garantir a ausência de circulação viral e assegurar a certificação sanitária exigida para o comércio internacional.

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