A caderneta de poupança registrou saldo positivo de R$ 2,1 bilhões em junho, com mais depósitos do que saques. De acordo com o Banco Central, foram aplicados R$ 365,7 bilhões, contra retiradas de R$ 363,5 bilhões no mês. Os rendimentos creditados somaram R$ 6,4 bilhões, e o saldo total da poupança ultrapassa R$ 1 trilhão.
Esse é o segundo mês consecutivo de captação líquida positiva, após quatro meses seguidos de retiradas no início de 2025. Ainda assim, no acumulado do ano, a poupança registra um resgate líquido de R$ 49,6 bilhões. Em anos anteriores, o cenário também foi de mais saques que depósitos: R$ 87,8 bilhões em 2023 e R$ 15,5 bilhões em 2024.
Um dos fatores que influenciam os saques é a alta da Selic, a taxa básica de juros, que atualmente está em 15% ao ano. Esse cenário estimula a busca por investimentos mais rentáveis do que a poupança, como CDBs e fundos atrelados à taxa de juros.
Segundo ata do Copom (Comitê de Política Monetária), a tendência é manter os juros no patamar atual nas próximas reuniões. No entanto, o comitê não descartou novos aumentos, caso a inflação volte a subir. A expectativa do mercado é de que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano.