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Polícia Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009, 18:30 - A | A

Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009, 18h:30 - A | A

Morre criança de três anos baleada em briga de trânsito na avenida Mato Grosso, centro da Capital

Alessandro Perin e Deurico Ramos (www.capitalnews.com.br)

A criança de aproximadamente três anos baleada no pescoço na manhã desta quarta-feira, 18, não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde após ser submetida a uma cirurgia. Ela inclusive sofreu uma parada cardíaca durante o procedimento cirúrgico na Santa Casa. Seu estado de saúde era considerado grave quando deu entrada no hospital,. O garoto chegou a ser transferido para o  CTI (Centro de Tratamento Intensivo), mas não suportou as lesões. Seu avô, João Afonso Pedra, de 51 anos, também foi baleado, mas está se recuperando no hospital.

Ambos foram atingidos em decorrência de uma briga de trânsito envolvendo o jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 60 anos, dono do Jornal O Independente, ocorrida no cruzamento entre a rua 13 de Maio e a avenida Mato Grosso, na área central da Capital. As vítimas estavam em uma camionete L-200, conduzida por Aldemir Pedra Neto, filho de uma das vítimas e tio de outra. Segundo ele, a briga teve início na esquina entre as avenidas Ernesto Geisel e Mato Grosso, após ele ter “fechado” o veículo Fox preto, conduzido pelo autor dos disparos.

No momento do “empurra-empurra”, o condutor do Fox teria se identificado como jornalista, segundo Aldemir. João tentou amenizar o conflito e ambos seguiram viagem pela Mato Grosso. No cruzamento da avenida com a rua 13 de Maio, o Fox se aproximou da caminhonete e o condutor efetuou os cinco disparos. “Eu vi pelo retrovisor e sabia que era o carro dele chegando. Ele jogou o carro 'pra' cima de mim e quando eu sai ele deu os tiros”, afirma Aldemir.

"Seu barbeiro, não sabe dirigir não?”, afirmou ter ouvido segundos antes dos disparos uma comerciante que preferiu não ser identificada. Após cometer o crime, o autor fugiu do local e se apresentou à Polícia no período da tarde, alegando que foi ameaçado e queria registrar uma queixa crime na delegacia.

Gonçalves apresentou-se com o revólver Taurus calibre 38 já recarregado. Ele irá passar por um exame para confirmar a autoria dos disparos. O delegado Rodrigo Vasconcellos passou a tarde ouvindo o suspeito. De acordo com os advogados de defesa do jornalista, eles estão detalhando a confusão que ocorreu no trânsito. Gonçalves poderá responder pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, e pode pegar até 30 anos de prisão se for condenado pelo júri popular.

Clique na imagem para acessar a galeria)

Gonçalves logo após chegar à delegacia
Foto: Deurico/Capital News

Por Alessandro Perin e Deurico Ramos (www.capitalnews.com.br)

 

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Eduardo 18/11/2009

O que a polícia fez, que não o atuou em flagrante, mesmo se apresentando espontâneamente, porque com certeza não tinha porte para andar armado.

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