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Justiça Quarta-feira, 03 de Setembro de 2025, 07:55 - A | A

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Esquema

Sete são condenados por roubo de R$ 300 mil ligados à propina em Mato Grosso do Sul

Justiça determinou penas por roubo majorado após o crime surgir durante apuração de esquema com frigoríficos

Viviane Freitas
Capital News

Sete pessoas foram condenadas pela Justiça de Mato Grosso do Sul por roubar R$ 300 mil que estavam com José Roberto Guitti, conhecido como Polaco. O valor fazia parte de uma propina supostamente relacionada a um esquema de benefícios fiscais investigado pela Polícia Federal. O crime foi descoberto durante as apurações da Operação Vostok.

As penas foram definidas pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande, que enquadrou os envolvidos por roubo majorado. Os réus receberam penas que variam de seis anos a seis anos e nove meses de prisão, com diferentes regimes de cumprimento — fechado e semiaberto — além de multas. Apesar da ligação com a Vostok, os condenados não respondem por envolvimento no esquema de corrupção em si, mas pelo roubo do dinheiro.

Durante a investigação, a Polícia Federal descobriu que o valor roubado era parte de uma propina que Guitti teria recebido. A quantia, em espécie, estava relacionada ao pagamento de vantagens indevidas por frigoríficos a agentes públicos, em troca de incentivos fiscais. Segundo o inquérito, o esquema chegou a movimentar até R$ 70 milhões em pagamentos ilícitos.

As defesas dos réus anunciaram que irão recorrer das sentenças. O advogado de Vinícius dos Santos Kreff declarou que ainda analisa se apresentará recurso de apelação ou embargos. Já o defensor de Hilarino Silva Ferreira afirmou que vai contestar a decisão no Tribunal de Justiça. A defesa de Luiz Carlos Vareiro também confirmou que recorrerá. Os demais advogados não se manifestaram até o momento.

Os condenados são: Hilarino Silva Ferreira, David Cloky Hoffaman Chita, Luiz Carlos Vareiro e Vinícius dos Santos Kreff, com penas de seis anos em regime semiaberto; Jefferson Braga de Souza, Fábio Augusto de Andrade Monteiro e Jozué Rodrigues das Neves, com penas de seis anos e nove meses — dois deles em regime fechado e um em semiaberto.

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