A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul condenou 12 homens envolvidos em uma força paramilitar recrutada pelo traficante Antônio Joaquim Mendes Gonçalves, o ‘Motinha’. Todos foram presos durante a Operação Magnus Dmonius, deflagrada pela Polícia Federal em 2023.
Na véspera das prisões, o líder do grupo conseguiu fugir em um helicóptero e, desde então, permanece foragido. Ele está incluído na lista de procurados da Interpol.
De acordo com a sentença publicada em 28 de agosto, o Ministério Público Federal (MPF) apontou que ‘Motinha’ estruturou o grupo para garantir sua segurança pessoal e proteger seus negócios ligados ao tráfico de drogas na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.
Atualmente descrito como chefe do Clã Mota, ele teria assumido o comando da organização criminosa no lugar do pai. A contratação de mercenários — alguns com histórico em conflitos — fazia parte de uma estratégia de modernização do grupo.
Ainda segundo a investigação, Iuri Gusmão era o responsável por repassar as ordens de ‘Motinha’ aos demais paramilitares, contratados formalmente por meio de uma empresa.