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Justiça Quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2024, 08:12 - A | A

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Justiça

Condenados no caso Wesner tem que se apresentar para polícia

Mandado de prisão foi expedido na última semana, após recurso ser negado

Elaine Oliveira
Capital News

Divulgação

Homens que fizeram “brincadeira” com adolescente em Lava Jato, responderão por homicídio

Wesner Moreira da Silva

Thiago Giovanni Demarco Sena e Willian Enrique Larrea, condenados a 12 anos de prisão pelo homicídio qualificado de Wesner Moreira em um lava-jato de Campo Grande, são considerados foragidos pela Polícia Civil.

Willian e Thiago foram condenados a 30 de março de 2023 mas as defesas recorreram da decisão e os dois respondiam em liberdade. No dia 12 de dezembro juízes da 2ª Câmara do Tribunal de Justiça negaram a apelação e o mandado foi expedido no dia 16 de fevereiro. Nenhum dos dois se apresentou na polícia até o fechamento da matéria.

Entenda o caso

O crime aconteceu no dia 3 de fevereiro de 2017. Na noite do dia 2, Wesner afirmou para a mãe que pegaria carona com Thiago, um dos acusados pelo crime. “Ele falou, mãe me acorda bem cedo que o Thiago vai vir me buscar para ir ao serviço. “No outro dia, quando o Thiago estava batendo na porta, senti até uma coisa ruim, mas meu filho foi”, conta Marisilva.

Deurico Ramos/Capital News

Lava jato onde adolescente foi ferido com mangueira fica parcialmente destruído após incêndio

Homens fizeram “brincadeira” com adolescente em Lava Jato

Conforme sabido, noticiado à época e no decorrer do processo, e como consta da peça acusatória, na data de 3 de fevereiro de 2017, por volta das 10 horas, no Lava Jato, localizado na Avenida Interlagos, na Vila Morumbi, região da grande Tiradentes, a dupla introduziu uma mangueira de ar comprimido no ânus de Wesner, causando-lhe ferimentos e em seguida sua morte.

Wesner teria pedido para Willian que comprasse um refrigerante e o mesmo questionou: “De novo? Agora toda hora Coca-Cola!”, e então até passou a bater na vítima com um pano utilizado para limpar carros, dito em tom de brincadeira.

Ainda conforme o processo, Wesner pediu para que ele parasse, mas não foi atendido. Em certo momento se afastou, mas foi imobilizado por Willian que o levou até Thiago, que por sua vez, com a mangueira de compressor de ar, retirou a bermuda e cueca da vítima e introduziu o equipamento em Wesner.

Imediatamente o adolescente começou a passar mal e vomitou, sendo levado ao Centro Regional de Saúde do Bairro Tiradentes e, posteriormente, ao Hospital Santa Casa, onde permaneceu internado até dia 14, quando morreu. O laudo apontou que o óbito foi causado por ruptura do esôfago e choque hipovolêmico por hemorragia torácica aguda maciça.

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