O impasse sobre a diretoria do Operário Futebol Clube continua mesmo após os torcedores terem impedido a suposta eleição da “nova” administração que seria realizada na terça-feira (26) no Clube Libanês, localizado na rua Dom Aquino.
O presidente da torcida organizada “Garra Operariana”, Américo Ferreira, nega a realização da votação no clube. “Registramos uma ata com assinaturas de funcionários do clube, conselheiros e pessoas que trabalham nas proximidades do Clube Libanês, que nos confirmaram que não foi realizada qualquer tipo de eleição dentro do estabelecimento.”
No dia da eleição, o Capital News acompanhou o andamento do processo, onde o próprio administrador do Clube Libanês - local onde o pleito era realizado - e conselheiro fiscal do clube, João Carlos Moreira, comunicou a imprensa presente que nenhuma votação foi realizada no local.
Já o dirigente do time, Tony Vieira, que concorria em chapa única à eleição, afirma que foi reeleito legalmente. Segundo o dirigente, os associados que tiveram as assinaturas recolhidas, com medo de represálias dos torcedores que estavam no clube, entraram pelo estacionamento ao lado do clube, consolidando a eleição.
Torcedores e investimentos
De acordo com Américo, Vieira terá que provar que a sua eleição foi legal e que obedeceu ao estatuto. “Isso é desespero dele. Como ele precisa fechar a ata de votação, acaba inventando essas informações. Ele terá que provar que houve essa eleição, pois nós temos a ata com as assinaturas registrada em cartório” diz o torcedor. Segundo ele, o processo eleitoral realizado por Vieira está fora do prazo de sua gestão. “A única pessoa que poderia convocar uma nova eleição legalmente, seria o presidente do Conselho Deliberativo do time, Jean CarlosCardos, mas ele está em Bonito", diz Américo.
Em contato com Tony Vieira, o dirigente afirmou que a eleição correu normalmente e afirmou que o processo eleitoral está valendo e que continua na gestão do time. “O Operário é maior que os torcedores. Em primeiro lugar vem o time e depois a torcida. Isso tudo é resultado da falta de incentivo do futebol na região. Não se ganha nada com o futebol daqui. Nem um calendário fixo se tem”, reclamou o presidente. “Ninguém faz nada fora do estatuto, todo processo foi feito dentro da lei. Não vou dar mais ouvidos ao que 20 pessoas estão dizendo. O time é maior que isso. Agora é hora de procurar investimentos para o Operário jogar”, finalizou Tony.
Por: Jefferson Gonçalves - (www.capitalnews.com.br)
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