Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2008, 13h:22 -
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Trad admite que vice pode sair por meio de pesquisa
Conjuntura online
O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), admitiu nesta segunda-feira, a possibilidade de escolher o candidato a vice em sua chapa, pela qual disputará a reeleição em outubro deste ano, por meio da realização de pesquisa para medir o grau de aceitação popular dos integrantes dos partidos que compõem a base aliada.
Ele disse que vai trabalhar pela reeleição para dar continuidade aos projetos que iniciou.
Além de desconversar ao ser questionado, durante entrevista à FM Capital, sobre a possibilidade de compor chapa-pura, isto é com a participação apenas de nomes do PMDB, Nelson Trad disse que a escolha do vice por meio desse mecanismo é uma orientação do governador de André Puccinelli (PMDB).
"Pela orientação que ele (André) já deu, ele disse “não discuta isso agora”, tudo tem o seu momento certo.Para escolher o vice do André, a Marisa senadora, tudo teve pesquisa. Nós vamos sentar todo mundo junto, governador, partidos aliados, que muitos deles estão também dentro do governo do Estado, vamos encaminhar isso dentro da maior clareza, como a gente sempre fez. O André costuma dizer que temos um time pequeno, unido e que sempre se respeita um ao outro", afirmou.
Líder nas pesquisas de intenções de votos na corrida sucessória da Capital, Trad terá de administrar, no entanto, uma disputa entre os partidos que integram sua base aliada, uma vez que PSDB e DEM desejam indicar seu companheiro de palanque. Isso sem contar a manifestação da bancada de vereadores do PMDB favorável a indicação do presidente da Mesa Diretora, Edil Albuquerque, para compor chapa-pura.
Trad disse ainda acreditar na manutenção da aliança com PPS e PDT. "Acredito, porque acredito nas pessoas que estão à frente disso. Tanto o vereador Athayde (Nery) quanto a Luiza Ribeiro, do PPS. A Funsat é a Luiza, a participação dela dentro da prefeitura é algo notável e ela é do PPS, é a participação do partido", acrescentou.
O prefeito discordou da interpretação de segmentos do PDT e de adversários de que o secretário Jorge Martins (PDT) só faz parte da administração municipal por ser de sua cota pessoal.
"Muita gente fala do Jorge Martins, que ele está lá porque é mais cômodo ser secretário. Cômodo coisa nenhuma! O que esse homem tem feito de sacrifícios, ele é o primeiro a chegar e o último a sair, organizou um monte de situações, quatro vezes secretário, em tudo quanto é administração, ou seja, também é um privilégio da nossa parte ter uma pessoa com essa qualificação", elogiou.
Apesar disso, o prefeito considerou legítima à tentativa do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) de lançar sua candidatura na Capital. E desafiou: Mas é legítima a pretensão do deputado Dagoberto, quem sou eu para dizer que não é? Ele foi deputado federal bem votado, ele é que tente viabilizar a candidatura dele dentro do princípio de respeito que ele sempre colocou à frente, esse é um jogo democrático. Se ele conseguir virar a candidatura dele, ótimo, eu vou ter o maior prazer de debater com ele, até mesmo para ensinar a ele muita coisa que ele não sabe sobre a cidade".
Ele descartou totalmente a hipótese de aliança com o PT, mesmo alegando ter bom relacionamento com o senador Delcídio do Amaral e com o ex-governador Zeca do PT.
Seis anos
O prefeito defendeu ampla discussão no Congresso Nacional em torno da reforma política, sobretudo, no ponto que trata do aumento do prazo para cumprimento de mandato, por achar pouco quatro anos de administração.
"Sou a favor de seis anos num mandato só, acho que é o tempo suficiente para você iniciar o projeto e terminá-lo. Acho que isso é uma coisa a ser debatida de forma extensa no Congresso Nacional, espero que os nossos representantes coloquem isso de uma forma muito tranqüila para ser apreciada, porque ninguém agüenta mais eleições de dois em dois anos", sugeriu.
Sobre sua campanha à reeleição, Trad garantiu que não irá sair por aí fazendo política como seus adversários querem, por entender que perde pontos com a administração.
"E quem é que vai cuidar dos problemas da Febre Amarela, da Santa Casa, das obras de saneamento, das obras que ainda não chegaram? Alguém tem que cuidar disso e esse é um trabalho que compete ao prefeito, delegado pela população".