Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2008, 15h:13 -
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Dagoberto discute com sem-terra nomeação para Incra/MS
assessoria
Líderes dos sem-terra em Mato Grosso do Sul solicitaram ao deputado federal Dagoberto (PDT), na manhã de hoje (20/02), que o parlamentar sul-mato-grossense seja o intermediador do grupo com a Casa Civil, no Palácio do Planalto, para evitar a nomeação de Flodoaldo Alencar para a superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) do Estado. Os sem-terra defendem um representante do segmento.
Para Geraldo Teixeira, presidente da Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), enfatizou que o atual superintendente (Bonelli) "conseguiu reunir todos os movimentos na mesma canoa", referindo-se ao fato que havia divergências entre a Fetagri e o MST (Movimento dos Sem-Terra).
Teixeira explicou que a proposta não é defender o nome de Bonelli no cargo, mas, sim um representante dos sem-terra no órgão. "O nome indicado por Valter Pereira é do MNP (Movimento Nacional dos Produtores). É como colocar a raposa para cuidar das galinhas", afirmou o líder dos sem- terra. Bonelli é ligado ao PT (Partido dos Trabalhadores).
Também esteve com Dagoberto o coordenador do MST em Mato Grosso do Sul, Márcio Bissoli. "Nenhum outro superintendente que passou pelo Incra/MS desenvolveu o trabalho de Bonelli", afirmou Bissoli, explicando que há projetos para reformar 2,5 mil casas de assentamento no valor de R$ 5 mil cada.
Os dois líderes estão fazendo peregrinação por ministérios e no Congresso Nacional para evitar a nomeação de Flodoaldo desde segunda. Conversaram com parlamentares do Estado e líderes do Governo no Senado federal e na Câmara dos Deputados. Bissoli disse que em reunião realizada em Campo Grande, antes do Carnaval, com a presença de mais de 40 lideranças dos sem-terra e o governador André Puccinelli, o senador Valter Pereira afirmou que não abrirá mão da indicação para o órgão. "Foi uma reunião tensa em que tentamos convencer o senador de que Bonelli ou um superintendente que tenha ligação com os sem-terra é importante para darmos continuidade aos trabalho de assentamento que estão sendo realizados". Segundo Bissoli, o atual superintendente assentou 16 mil pessoas em cinco anos.