Os vereadores de Campo Grande podem derrubar, na próxima semana, o veto da Prefeitura ao projeto de lei que obriga a compra de novos ônibus somente com ar-condicionado. Conhecida como “Ar no Busão”, a proposta atende a uma das principais reclamações dos passageiros do transporte coletivo da Capital.
O contrato original do Consórcio Guaicurus, firmado em 2012, não previa a obrigatoriedade do recurso, deixando a decisão sujeita a negociações entre o Executivo e as empresas que exploram o serviço.
Autor do projeto, o vereador Landmark Rios (PT) afirmou que recebeu a confirmação de que o veto deve ser colocado em votação na terça-feira (19). “A matéria volta ao plenário para possível derrubada do veto”, disse.
O projeto foi aprovado em 26 de junho com ampla maioria: 21 votos favoráveis e apenas 3 contrários. A discussão ocorreu em meio à CPI do Consórcio Guaicurus, que identificou falhas na prestação do serviço.
Inicialmente, a proposta previa a instalação de ar-condicionado em todos os ônibus da frota. Após reunião entre o presidente do consórcio, Themis de Oliveira, o vereador Beto Avelar (PP), líder da prefeita na Câmara, e demais parlamentares, foi constatado que a readequação completa geraria custo elevado tanto para a empresa quanto para o município.
Diante disso, o texto foi ajustado para exigir a climatização apenas nos veículos novos. Segundo o consórcio, a medida é viável, já que os ônibus adquiridos são produzidos sob medida e podem vir de fábrica com o equipamento.
Em uma cidade que enfrenta ondas de calor frequentes, com sensação térmica que pode ultrapassar os 40ºC, a ausência do recurso impõe desconforto extremo aos usuários, em viagens que muitas vezes superam uma hora de duração.