Deputados federais de Mato Grosso do Sul que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro usaram as redes sociais nesta sexta-feira (18) para criticar a operação da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que teve como alvos aliados do ex-chefe do Executivo.
Os parlamentares classificaram a ação como “perseguição política” e denunciaram abuso de autoridade. A operação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que impôs medidas como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar em horários específicos, proibição de contato com diplomatas e suspensão do acesso às redes sociais para Bolsonaro.
O deputado Marcos Pollon (PL) afirmou estar “indignado, mas não surpreso” e questionou a realização das eleições de 2026. “A ditadura está escalando. Antes de prender todo mundo, eles vão humilhar um por um. Vocês têm certeza que vai ter eleição? Ou pelo menos oposição para disputar eleição?”, declarou.
Parlamentares do PT, por outro lado, comemoraram a operação. O deputado Tiago Botelho publicou vídeos em celebração à ação da PF, enquanto Vander Loubet afirmou que Bolsonaro cometeu crimes e precisa responder judicialmente, lembrando episódios como a pandemia da Covid-19 e os atos de 8 de janeiro.
A Polícia Federal apontou que Bolsonaro teria tentado atrapalhar o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, o que pode configurar crimes como coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.
