Os preços do feijão continuam a oscilar, mas predominam as altas, especialmente para o feijão carioca de melhor qualidade, conforme apontam pesquisas do Cepea. A valorização ocorre diante da escassez do produto no mercado nacional.
No campo, a colheita da segunda safra do Paraná foi encerrada com uma queda expressiva de 23%, totalizando 526,6 mil toneladas, segundo estimativas do Deral/Seab do dia 17. No entanto, o forte crescimento da produção da primeira safra, que avançou 102% para 338 mil toneladas, compensou essa redução, resultando em uma oferta total estadual de aproximadamente 865 mil toneladas — volume recorde e 2% superior ao de 2024. A produção da terceira safra é considerada inexpressiva.
Com essa produção, o Paraná mantém a liderança como maior produtor nacional de feijão.
No cenário nacional, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a produção total de feijão em 3,16 milhões de toneladas, queda de 1,3% em relação à safra anterior.
Por tipo, a estimativa para o feijão preto é de uma colheita de 789,1 mil toneladas, alta de 10,8% frente à temporada 2023/24. Para o feijão caupi, a oferta prevista é de 648,1 mil toneladas, mantendo-se estável em relação à safra anterior. Já o feijão cores tem uma previsão de produção de 1,72 milhão de toneladas, representando uma queda de 6,6% na comparação anual.
O mercado segue atento à oferta e demanda que influenciam diretamente os preços, com destaque para o feijão carioca, que segue sustentando as cotações em alta.