Deputados de Mato Grosso do Sul contestam a rigidez do Teste de Aptidão Física (TAF) para mulheres no concurso da Polícia Civil. A exigência de 14 flexões com quatro apoios para candidatas é vista como exagerada e desproporcional, muito acima do padrão de outros estados.
Pedro Caravina (PSDB) ressaltou que em concursos similares no Pará, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o número de flexões para mulheres é de seis. “Essa carga é muito pesada e pode levar a uma alta taxa de reprovação ou desistência”, afirmou, pedindo que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) revise o edital.
A deputada Gleice Jane (PT) classificou a situação como uma barreira institucional contra a entrada feminina nas forças de segurança, denunciando o machismo na estrutura. Para ela, a polícia precisa ser um ambiente seguro e acessível às mulheres.
Já o deputado Pedro Kemp (PT) lembrou um episódio grave em Mato Grosso do Sul, quando um candidato morreu durante um TAF. Ele defende a revisão dos testes para evitar novos acidentes, especialmente em relação às candidatas mulheres.