O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) adquiriu uma área de 122 hectares da Fazenda Field II, localizada nos limites do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, em Costa Rica. A medida amplia a proteção ambiental na região e fortalece o processo de regularização fundiária da unidade de conservação. “A aquisição dessa área é fundamental porque permite que a gestão do parque adote medidas concretas para protegê-la contra possíveis impactos”, destacou Leonardo Tostes, gerente de Unidades de Conservação.
A compra foi oficializada com a assinatura da escritura entre o diretor-presidente do Imasul, André Borges, e representantes da antiga proprietária, a empresa Karandá Incorporadora LTDA, de Cassilândia. O valor do investimento foi de R$ 862.325,70, com recursos provenientes da compensação ambiental, conforme prevê a Lei nº 9.985/2000. Essa legislação garante que empreendimentos que causam impacto significativo no meio ambiente retribuam com aportes para proteção de áreas naturais.
“A aquisição dessa área reforça o compromisso do Governo de Mato Grosso do Sul com a preservação ambiental e a regularização fundiária de nossas unidades de conservação”, afirmou André Borges. Segundo ele, o domínio sobre a área permitirá a proteção de nascentes e da biodiversidade, contribuindo diretamente para o equilíbrio ecológico e a segurança hídrica da bacia do Alto Taquari.
A região abriga importantes atributos naturais, como o Rio Furnas — um dos formadores do Rio Taquari —, cachoeiras e paisagens de grande beleza cênica. Também são encontradas espécies como arara-azul, arara-vermelha, cutia, onça-pintada e diversos peixes. “O Imasul teve interesse nessa área e a gente fez a negociação, que hoje foi concluída, graças a Deus”, afirmou Laerte dos Santos, representante da empresa vendedora.
Criado em 1999, o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari possui mais de 31 mil hectares, dos quais 78% com vegetação nativa. Em 2023, o Imasul anunciou o maior projeto de recuperação ambiental do Brasil em unidades de conservação, com o plantio de mais de 1 milhão de mudas nativas do Cerrado e a compra de 2,76 mil hectares da Fazenda Continental, onde cerca de metade da área estava degradada pelo uso pecuário.
