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Justiça Sábado, 02 de Agosto de 2025, 15:26 - A | A

Sábado, 02 de Agosto de 2025, 15h:26 - A | A

Operação Malebolge

Caso de desvio de R$ 10 milhões da merenda escolar será julgado pela Justiça Federal

Operação Malebolge investiga esquema de fraudes e corrupção em MS, com impacto no PNAE

Viviane Freitas
Capital News

A Operação Malebolge, que investiga desvios de mais de R$ 10 milhões destinados à merenda escolar em Água Clara, foi transferida para a Justiça Federal de Três Lagoas. O juiz Pedro Gonçalves Teixeira determinou que o caso fosse reanalisado pela justiça federal, considerando que as verbas envolvidas são federais, originárias do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Embora os repasses tenham sido feitos ao município por convênios, a origem federal dos recursos justifica a competência federal para julgar o caso.

Durante a operação, que ocorreu em 18 de fevereiro, 11 pessoas foram presas, incluindo empresários, servidores públicos e o filho do prefeito de Rochedo. Embora todos os envolvidos já tenham sido liberados, as investigações apontaram um esquema de fraude em licitações, com o pagamento de propinas e o fornecimento de alimentos impróprios para o consumo escolar. O desvio de recursos comprometeu a qualidade da merenda escolar, prejudicando diretamente os alunos.

O empresário responsável pela fraude manipulava contratos de fornecimento de alimentos, com envolvimento de servidores da Secretaria de Educação e outras partes ligadas à administração pública. O esquema ocorreu nos municípios de Água Clara e Rochedo, prejudicando a população e afetando diretamente os alunos da rede pública. A apuração do caso continua com o apoio do Ministério Público e da Defensoria Pública, que exigem uma apuração rigorosa das responsabilidades.

O nome da operação, "Malebolge", faz referência à obra "Divina Comédia", de Dante Alighieri, e remete a um dos círculos do inferno, onde fraudadores e corruptos são punidos. O juiz determinou que todas as decisões anteriores, como pedidos de revogação de prisões preventivas, sejam reavaliadas. Provas pendentes também precisam ser analisadas pela Justiça Federal, que continuará acompanhando o caso.

Entre os investigados estão empresários e servidores, com destaque para a secretária de Finanças de Água Clara, que foi exonerada após o início das investigações. O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio do Ministério Público, reafirma seu compromisso em combater a corrupção e proteger os recursos públicos, prometendo adotar todas as medidas legais cabíveis para responsabilizar os envolvidos.

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