A rodovia estadual MS-376, que liga Dourados a Fátima do Sul, representa perigo para motoristas que trafegam principalmente à noite. Sem sinalização, a estrada se transformou num dos trajetos que mais matam animais silvestres.
A bióloga Sandra Maria da Silva, que diariamente passa pela rodovia, conta que é comum encontrar animais mortos. “Já encontrei muitos tamanduás e emas. É difícil para o motorista porque não existem placas orientando sobre a presença dos bichos”, afirma ela.
Sandra explica que o Tamanduá Bandeira é um animal que não sobrevive muito tempo em zoológico. Ele se alimenta de formigas, larvas, cupins e, por isto, é considerado um controlador de pragas. “Este animal já está ameaçado de extinção em algumas regiões do Brasil. As autoridades ligadas ao meio ambiente precisam devolver campanhas educativas para garantir a sobrevivência deste e de outros animais”, solicita a bióloga.
Segundo o comandante do Polícia Militar Ambiental (PMA), Renato dos Anjos Garnes, a PMA faz o trabalho de conscientização nas rodovias que cortam Dourados. Pelo menos quatro vezes por mês policiais ambientais montam barreiras para distribuir panfletos orientando os motoristas sobre a preservação da natureza e dos animais.
“Fazemos nossa parte através das campanhas educativas. Agora, quando o animal foi morto na rodovia, a única coisa que podemos fazer é recolher para realizar a taxidermia. ‘Espalhamos’ o animal para usá-lo em palestras nas escolas”, disse o comandante. (O Progresso)
