Quarta-feira, 24 de Abril de 2024


ENTREVISTA Sábado, 03 de Outubro de 2020, 08:05 - A | A

Sábado, 03 de Outubro de 2020, 08h:05 - A | A

Eleições 2020

Esacheu aposta na competência e conhecimento para a Prefeitura

Candidato progressista vai lutar pela economia, saúde, educação, infraestrutura e transporte público

Elaine Silva
Capital News

Divulgação/Assessoria

Esacheu Nascimento

Esacheu Nascimento concorre a Prefeitura da Capital

No dia 15 de novembro acontece o primeiro turno das eleições 2020, neste ano para vereador e prefeito. Para apresentar os candidatos que concorrem a cadeira no Poder Executivo, o jornal Capital News, vai realizar uma série de reportagens, para mostrar os 14 políticos que buscam a Prefeitura da Cidade Morena.

 

Esacheu Cipriano Nascimento, 67 anos, nasceu na cidade de Ibiporã/PR. Chegou em Campo Grande em 1980 e sempre lutou por causas sociais. Esacheu é promotor de Justiça aposentado, Advogado e luta pela cadeira da Prefeitura de Campo Grande pelo Progressista, com o número 11. 

 

Nascimento está na Cidade Morena há 40 anos e já ocupou cargos como secretário estadual de Justiça, Trabalho e Ação Social (1989/1990) e o de ministro interino da Integração Nacional (2002). Na aérea social, esteve presidindo entidades como Rotary Clube, Operário Futebol Clube e a Associação Beneficente Campo Grande (Santa Casa), e  vê que a Cidade Morena está limitada. "Campo Grande está limitada a poucos locais onde se pode frequentar nos momentos de lazer", relatou o candidato. Em busca de melhorias na cidade, Esacheu definiu que os cinco pilares para o Poder Público é a economia, saúde, educação, infraestrutura e transporte público. "Campo Grande precisa se recuperar na economia. Há mais de quatro anos que a Capital vem perdendo empresas e postos de trabalho. Precisamos atuar para a recuperação das indústrias, do comércio, da prestação de serviços e também da zona rural", afirmou. 

 

Para conquistar a cadeira, Esacheu aposta em uma "gestão é competência e conhecimento. Nós estamos preparados porque temos conhecimento teórico e experiência administrativa, adquirida no período em que estive à frente de várias secretarias de estado, secretaria executiva do Ministério da Integração Nacional, Santa Casa de Campo Grande, além de outras experiências na iniciativa privada", relata.  

 

Confira a entrevista exclusiva de Marcelo Miglioli ao Capital News na íntegra:

 

Capital News: Candidato, porque o senhor se acha preparado para ser Prefeito de Campo Grande ?

 

Esacheu: Gestão é competência e conhecimento. Nós estamos preparados porque temos conhecimento teórico e experiência administrativa, adquirida no período em que estive à frente de várias secretarias de estado, secretaria executiva do Ministério da Integração Nacional, Santa Casa de Campo Grande, além de outras experiências na iniciativa privada.

 

Capital News: Quais são seus 5 pilares principais no seu plano de Governo, caso seja eleito nessas eleições de 2020 ? Detalhe na sua ordem de prioridade o que acha que tem que melhorar para a população de Campo Grande.

 

Esacheu: Podemos resumir em cinco pilares: economia, saúde, educação, infraestrutura e transporte público. Campo Grande precisa se recuperar na economia. Há mais de quatro anos que a Capital vem perdendo empresas e postos de trabalho. Precisamos atuar para a recuperação das indústrias, do comércio, da prestação de serviços e também da zona rural.

 

Na saúde, precisamos cuidar da rede básica, que está desmantelada. Temos servidores totalmente desmotivados pela má qualidade do ambiente de trabalho. Também precisamos ter uma relação de bom nível com os hospitais contratados para atendimento ao Sistema Único de Saúde. Precisamos trabalhar com a rede em sua plenitude, as UPAs, CRSs e UBSs, levando aos bairros de Campo Grande os profissionais de saúde que precisam prestar os serviços. E levar para os hospitais apenas aquilo que não puder ser feito nas unidades de saúde.

 

Na educação, as escolas encontram-se em precárias condições físicas. Os professores estão desmotivados com salários desatualizados há mais de quatro anos, e também temos o problema dos servidores administrativos, que não são valorizados. Nossos CEINFs estão abandonados. São 14 CEINFs com obras entre 50% e 80%, sem que a atual administração tenha tido competência para concluir. Vamos concluí-las e dar às famílias campo-grandenses condições de deixar seus filhos nas creches, aos cuidados dos professores da educação infantil, para que eles possam trabalhar com tranquilidade.

 

Na infraestrutura, gastaram-se milhões com nossos córregos e não resolveram a situação do transbordamento. Temos bairros isolados quando chove, e nem ônibus consegue atravessar as avenidas. Precisamos resolver esse problema de uma vez por todas, com inteligência e projetos, para urbanizar as margens desses riachos e colocar à disposição da nossa cidade.

 

No transporte coletivo, devemos pensar em alternativas concorrentes ao modelo atual de ônibus. Vamos trazer pelo menos um projeto e abrir negociações por um metrô para Campo Grande. Uma cidade de quase 1 milhão de habitantes não consegue mais transportar a todos em ônibus.

 

Capital News: Como o senhor pretende se relacionar com os Governos Federal e Estadual ? Acredita que como Prefeito eleito possa fazer uma gestão de união entre esses poderes ?

 

Esacheu: O governo federal tem uma relação muito próxima com o Progressistas. O líder do governo na Câmara Federal é do nosso partido, o deputado Ricardo Barros. Outros membros da direção nacional do partido também atuam em apoio ao governo federal. 

 

Temos vários parlamentares que dão sustentação ao governo. Isso vai facilitar a nossa aproximação e o encaminhamento dos projetos que precisamos levar a Brasília e negociar em benefício do nosso município. Mas também temos uma bancada federal com a qual é possível se relacionar, e tenho certeza de eles não faltarão com Campo Grande. Teremos benefícios em favor do nosso município a partir de uma relação idônea com a bancada federal.

 

Com relação ao governo do estado, não haverá nenhuma dificuldade. O que falta hoje é um relacionamento republicano entre estado e município, para que possa haver investimentos de forma participativa. Tudo depende de um bom projeto. Se você não tem um projeto, não tem o que negociar. E temos visto que o próprio governo do estado tem que desenvolver o apoio, seja na recuperação asfáltica da cidade ou em outras atividades. Nós faremos uma gestão de união entre governo do estado, governo federal e o município de Campo Grande.

 

Capital News:  Quantos vereadores acha que é possível eleger na sua chapa ? E não tendo a maioria de apoiadores eleitos na Câmara da Capital, como será sua gestão com todos os eleitos ?

 

Esacheu: No sistema democrático, com tantos partidos como nós temos, é impossível a gente antever o número de vereadores que poderemos eleger. Uma coisa é certa: temos bons candidatos a vereador, representativos dos diferentes segmentos que compõem todos os interesses da nossa cidade. Estamos trabalhando para eleger um bom número de vereadores. Quantos? Nós não sabemos. Mas estamos nos estimulando mutuamente para que possamos alcançar todos os eleitores e apresentar nosso projeto de administração. A população tem sido sensível quando apresentamos tudo aquilo que queremos fazer por Campo Grande.

 

Capital News: As demandas na saúde e seus problemas aumentaram nessa Pandemia do Coronavírus, e ainda temos a constante falta médicos e enfermeiros. Qual seu plano de Governo para acabar com esses números e com as filas nos atendimentos das UPAS ?

 

Esacheu: O problema não é a pandemia. A pandemia não teve maiores consequências para a população de Campo Grande. Basta ver que, das pessoas que vieram a óbito com Covid-19, cerca de 90% tinham outras comorbidades que foram eficientes para levar a óbito. O que faltou foi competência de gestão para cuidar desse assunto. É público e notório hoje que prefeitos, vereadores e governadores, todos eles se aproveitaram de uma situação no Brasil que acabou por utilizar recursos do governo federal de forma temerária, como compras superfaturadas. Hoje eles têm dinheiro em caixa e não sabem nem como gastar.

 

Não há a preocupação com a vida das pessoas, como o gestor do nosso município coloca, porque na verdade o descaso com a rede municipal e os hospitais que prestam serviço ao SUS vem de longe. Por exemplo, na Santa Casa, que me coube administrar nos últimos quatro anos, nós não recebemos a totalidade daquilo que se gasta para atender os pacientes e ainda recebemos com muito atraso. Tivemos 12 leitos de UTI com pedido de habilitação para serem ocupados desde setembro de 2018, mas só foram liberados agora em abril de 2020. Isso porque o prefeito não queria gastar dinheiro com novos leitos de UTI. A preocupação não é com a saúde da população, mas existem outros interesses que movem a atual gestão.

 

Como vamos resolver isso? Como fizemos na Santa Casa. Foram expedidos 6 mil certificados de atualização profissional e atendimento humanizado. E fazendo trabalho de conscientização com médicos para atender melhor a população, que é a verdadeira dona do dinheiro público. Não é como se o profissional estivesse fazendo um favor ao paciente do SUS. Temos apoio de segmentos dos médicos, enfermeiros e outras profissões da saúde. Vamos sentar e conversar, de forma democrática, e não impondo obrigações sem a contrapartida que o município deve entregar. 

 

Capital News: Qual seu projeto concreto para revitalização da antiga rodoviária e seu entorno ?

 

Esacheu: Temos um compromisso com os empresários da antiga rodoviária e do entorno, que foram da noite para o dia limitados em sua atividade por conta da mudança do terminal. Os empresários foram marginalizados, e aquela região ficou degradada e ocupada por usuários de drogas. Vamos fazer um trabalho bem discutido com os empresários, vamos levar em consideração também aquela parte que já é do município e vamos reconstruir aquela área para trazer a rodoviária para o seu local de origem. Já está reprovada para a população a existência da rodoviária em local tão distante como é hoje. Com isso, vamos recuperar toda a economia do entorno da antiga rodoviária.

 

Capital News: Como o senhor define a cidade de Campo Grande, sua economia em geral e seus pontos de entretenimento para população. Quais os três lugares que mais gosta e frequenta com a sua família.

 

Esacheu: Gosto de ir ao Parque das Nações Indígenas, que infelizmente está degradado. Também gosto de visitar a Feira de Campo Grande. Outro espaço que sempre me motiva é a praça Ary Coelho, onde criei meus filhos brincando no parquinho. Infelizmente a prefeitura fechou aquilo, e quando abre, entra mais usuários de droga do que a população que vive no entorno da praça. Campo Grande está limitada a poucos locais onde se pode frequentar nos momentos de lazer.

 

Conheça o porquê Esacheu Nascimento quer ser prefeito da Capital; confira o vídeo 

 

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