O tarifaço sobre produtos brasileiros prometido por Donald Trump contra o que o americano chama de “perseguição” a Jair Bolsonaro mobilizou as redes sociais e frustra a estratégia dos bolsonaristas de pressionar os Poderes em benefício do ex-presidente no julgamento da tentativa de golpe de Estado. Levantamentos do especialista Pedro Barciela divulgado pelo Estadão mostra que 78% das menções à crise nas redes sociais expressam repúdio à taxação dos produtos brasileiros e à atuação da família Bolsonaro no episódio. Historicamente aliado ao ex-presidente, o agronegócio ficou de lado oposto ao bolsonarismo. Por parte do governo, depois do presidente Lula anunciar que vai usar a Lei de Reciprocidade Econômica e taxar os produtos dos EUA caso Trump cumpra a ameaça prometida para agosto, o Planalto também estuda o fim de patentes de medicamentos dos EUA e um "rol enorme" de outras medidas podem ser adotadas, inclusive não tarifárias, segundo o ministro Fernando Haddad (Fazenda). A reação do Congresso só aconteceu 24 horas depois do anúncio de Trump, em carta conjunta dos presidentes do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), também sugerindo o uso da lei de reciprocidade contra os EUA. (Com Estadão)
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