Um estudo inédito encomendado pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) irá embasar o Plano de Fortalecimento das Cadeias Pecuárias do Pantanal de Mato Grosso do Sul. A iniciativa busca impulsionar o setor, que representa cerca de 27% do território estadual e responde por 6,8% do PIB de MS.
“O grande foco é a bovinocultura, mas diversas cadeias produtivas foram analisadas”, destacou o secretário Jaime Verruck. Segundo o levantamento, a criação de gado no Pantanal reúne mais de 4,2 milhões de cabeças, movimentando mais de R$ 5 bilhões em 2024. O plano prevê ainda medidas como selos de origem, rastreabilidade do couro e incentivo à exportação.
Outros segmentos avaliados incluem piscicultura, equideocultura, apicultura, ovinocultura e até o cultivo de jacaré-do-pantanal. “Foi feito um amplo diagnóstico para subsidiar ações do Pacto do Pantanal e programas como o PSA (Pagamento por Serviços Ambientais)”, explicou Verruck. O estudo também propõe melhorias logísticas, protocolos de produção e assistência técnica.
A pesquisa envolveu dados do IBGE, Iagro, Agraer e Senar, além de visitas a propriedades em 11 sub-regiões do bioma. “Temos agora um plano com dados concretos que nos mostram um novo caminho. Hoje, 45% dos animais abatidos estão em programas de sustentabilidade do Estado. Isso mostra que estamos unindo tradição, conservação e geração de renda”, completou o secretário.