A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, de Ciência e Tecnologia e do Agronegócio (Sedesc), através do titular da pasta e vice-prefeito de Campo Grande, Edil Albuquerque, adiantou que pretende firmar parceria com a instituição de ensino Uniderp/ Anhanguera, para inserir o Município no Projeto “Navega Pantanal”. Implantado a partir de março de 2007, o projeto foi fundamental para, em uma primeira instância, detectar a real alienação dos produtores rurais em relação aos recursos tecnológicos, sobretudo a informática. Sua meta é a inclusão digital em comunidades remotas do Pantanal, envolvendo principalmente produtores, trabalhadores e empresários rurais vinculados ao agronegócio em diversas áreas de produção. Desde o início do projeto, mais de 10 mil pessoas foram beneficiadas, incluindo famílias inteiras.
Projeto
O Pantanal é a maior planície alagável do Planeta. No Brasil, a área é de 150.000km², com 65% de seu território em Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso. A característica mais relevante do Pantanal é o seu período de cheias e secas, e a relação entre a parte alta da bacia (planalto) e a parte baixa (planície). Isso faz com que a região funcione como uma gigantesca esponja porque, durante o período das chuvas, recebe as águas da parte alta, que são retidas e escoadas lentamente até o rio Paraguai.
A família pantaneira convive com situações difíceis, determinadas pelos ciclos das águas e pelas grandes distâncias das fazendas e ilhas em relação às cidades mais próximas, o que provoca o isolamento e o despreparo para a lida em diferentes situações na vida pessoal e profissional. Em função disso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Fundação Manoel de Barros (FMB) preocuparam-se em desenvolver um projeto utilizando o ensino a distância, como meio capaz de romper o isolamento geográfico imposto naturalmente às comunidades e aos setores produtivos do Pantanal Sul-Mato-Grossense. Para tornar possível o projeto, o Navega Pantanal utiliza a estrutura de ensino da Uniderp/ Anhanguera.
Estrutura
Até agora 25 bases informatizadas foram instaladas no Pantanal, em fazendas de produção extensiva e em assentamentos rurais (pequenos produtores). As comunidades passam a ter acesso à internet, cartilhas eletrônicas e vídeos didáticos. As aulas são ministradas a partir de um estúdio em Campo Grande e transmitidas via satélite para essas bases, onde também existem orientadores locais. O trabalho é feito sem qualquer custo para as comunidades.
Segundo a coordenadora geral do Conselho de Ciência e Tecnologia da Sedesc, Maria Neci, o Município deverá enviar, ainda este ano, projeto de intenção ao Ministério da Ciência e Tecnologia com solicitação de novos equipamentos, que deverão agregar às ações da comunidade inserida no Navega Pantanal. “O projeto está em fase de elaboração. O secretário demonstrou interesse em formalizar a parceria. O projeto de intenção deverá ser enviado ainda em 2009 para que o Ministério de Ciência e Tecnologia dê o parecer, para então, dar início ao processo de execução do projeto”, ressalta a coordenadora.
Missão
Promover a inclusão social, por meio de ações que melhorem a qualidade de vida, estimule a geração de emprego e renda e promovam o desenvolvimento sustentável, através da difusão do conhecimento. Esse é o objetivo do departamento de Ciência e Tecnologia da Sedesc. Na prática, o órgão busca a implementação de mecanismos para difundir a ciência e tecnologia como forma de inclusão social. (Com assessoria)
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