Divulgação/Fiems
Cálculo sobre os impactos da CPMF na economia de MS foi apresentado na noite desta terça na Casa da Indústria
Cálculos divulgados na noite desta terça-feira (1°) pela Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) mostram que uma eventual volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) deve causar um impacto anual de R$ 701 milhões à economia de MS.
Desse montante, algo em torno de R$ 645 milhões afetaria o setor produtivo (agropecuária, indústria e comércio) e outros R$ 56 milhões comprometeriam a renda dos trabalhadores.
A Fiems chegou a esses valores levando em conta a proposta de alíquota de 0,38% calculada para a nova versão da Contribuição, que precisa ainda ser aprovada pelo Congresso Nacional.
O estudo da Fiems acerca dos prováveis impactos da nova CPMF na economia do estado foi apresentado durante o lançamento da campanha “Acorda MS – Chega de Impostos”. A campanha, lançada no auditório da Casa da Indústria, é uma iniciativa conjunta da Fiems com outras quatro entidades, entre elas a OAB-MS.
Campanha contra tributos
Durante o lançamento da campanha “Acorda MS – Chega de Impostos”, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, ativou o “Impostômetro”, um painel instalado junto à sede da Federação e que mostrará, em tempo real, os valores dos impostos federais e estaduais que a população paga diariamente desde janeiro deste ano.
O “Impostômetro” é uma parceria com a Associação Comercial de São Paulo e servirá para levar os números atualizados dos tributos cobrados da população de MS, segundo Longen.
“As pessoas perguntavam por que não tínhamos esse acompanhamento aqui. Então lançamos um produto a mais para mostrar que a sociedade de Mato Grosso do Sul também não aguenta mais pagar impostos. É importante para que as pessoas possam acompanhar o que elas pagam de tributos”, afirmou.
O presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, também destacou a importância de a população observar o quanto paga em impostos. “O que vale é mostrar para a sociedade quanto o governo arrecada em impostos e quanto ele devolve em benefícios para o cidadão, ou seja, nada, pois não temos saúde, segurança, educação e transporte público”, declarou.
De acordo com o presidente da Famasul, Mauricio Saito, o conhecimento sobre o imposto arrecadado é fundamental para que haja uma cobrança por parte da população.
Já para o presidente da OAB/MS, Mansour Elias Karmouche, com o painel de valores a população terá uma noção exata de quanto está recolhendo e o que pode avaliar sobre o governo.