O Sensor Econômico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o setor produtivo está recuperando a confiança na retomada econômica do país no pós-crise. Ao todo foram analisadas as expectativas de 75 entidades ligadas à produção e ao trabalho em relação a economia brasileira.
Em agosto, o indicador que vai de menos 100 (péssimo) a mais de 100 (otimismo), atingiu 23,2 pontos, passando de uma zona de apreensão para a zona de confiança, que fica entre mais 20 até 60. Segundo o pesquisador da diretoria de Macroeconomia do Ipea, Valdir Melo, foi a primeira vez que o indicador passou da faixa dos 20 pontos, ficando no zero.
Melo explica que os resultados mostram que os agentes econômicos melhoraram as projeções em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e à produção da indústria, atividade do comércio e da agropecuária.
De acordo com João Sicsú, diretor de Macroeconomia do Ipea, as expectativas dos agentes econômicos levantadas pelo Sensor refletem a realidade, já que a taxa de desemprego tem caído, o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou em agosto, o PIB do segundo trimestre cresceu 1,9% ante o primeiro.
Para Sicsú, o segundo semestre terá melhores resultados, com um crescimento em torno de 1% para o PIB este ano e 5% ao que vem.
O sensor
Entrou para as pesquisas do Ipea em janeiro, no auge da crise e está acompanhando as melhoras. Até junho as expectativas melhoraram em ritmo lento, e a partir de agosto acelerou.
A pesquisa do Sensor, que permite divulgar resultados mensais, levanta a opinião dos entrevistados sobre as contas nacionais (PIB e exportações), sobre os parâmetros econômicos que envolvem indicadores macros, como o câmbio, juros, taxa de inflação e crédito, desempenho das empresas e aspectos sociais (massa salarial, pobreza e violência). (Com informações do Valor Econômico)
Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)