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Até 2028

Mato Grosso do Sul planeja ampliar área de florestas plantadas em 40% até 2028

Estado deve alcançar 2,5 milhões de hectares até 2028 com foco em sustentabilidade e conformidade ambiental

Viviane Freitas
Capital News

Mato Grosso do Sul conta atualmente com cerca de 1,8 milhão de hectares de florestas plantadas e projeta atingir 2,5 milhões nos próximos três anos — um aumento de 40% na base florestal. Segundo o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, a expansão será sustentada por práticas ambientalmente responsáveis. “A sustentabilidade é a palavra-chave que orienta todas as grandes empresas do setor”, afirmou.

As declarações foram feitas durante o evento Bracell 2030, realizado em São Paulo, que discutiu o tema “O Brasil na vanguarda do clima: da bioindústria à economia regenerativa”. O encontro reuniu autoridades, líderes empresariais e especialistas para debater estratégias de crescimento verde e políticas de ESG. Verruck participou do painel “Economia Verde: Como o Brasil pode transformar ativos ambientais em vantagem global”, ao lado de representantes do governo paulista e do Itamaraty.

O secretário destacou a relevância internacional da cadeia florestal sul-mato-grossense. “O setor tem forte exposição global. Aproximadamente 92% da celulose produzida é exportada, o que exige das empresas políticas de gestão sustentável”, pontuou. Ele também enfatizou a importância da legalidade ambiental. “Empresas como Bracell e Suzano só operam em áreas com análises, reservas legais e compensações devidamente aprovadas”, reforçou.

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Verruck ainda ressaltou o papel das certificações florestais, que em muitos casos são mais rigorosas que o próprio licenciamento ambiental. Ele comentou também o desafio de reconhecimento dos créditos de carbono provenientes de florestas plantadas. “O IPCC não aceita os créditos gerados pelo eucalipto, alegando que a captura é temporária. O setor busca o reconhecimento da rebrota e do replantio como formas válidas de sequestro de carbono”, explicou.

Para os próximos anos, o Estado aposta em um crescimento chamado de “biológico”, sustentado pela consolidação de novas plantas industriais. “Com a Bracell e a segunda planta da Eldorado, chegaremos a 2,5 milhões de hectares plantados, além de 700 mil hectares destinados à preservação. Essa é a base do nosso projeto de expansão sustentável”, finalizou o secretário.

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