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O empresariado acredita que é possível reverter o cenário e vislumbra reação a partir de 2017
A indústria da construção civil de Mato Grosso do Sul registrou diminuição do valor da produção em relação ao ano passado, de R$ 2,7 bilhões para R$ 2,5 bilhões. A queda de 2015 foi de 8%, a expectativa era um crescimento de 4, 5% de acordo com a avaliação do presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul (Sinduscon/MS), Amarildo Miranda Melo, com base em dados levantados pelo Radar Industrial da Fiems.
Ao total são 26.951 trabalhadores com carteira assinada distribuídos por 3.054 empresas. Ainda de acordo com o presidente, em decorrência do cenário negativo registrado em 2015, o segmento da construção civil no Estado, considerado um dos mais importantes do setor industrial, não projeta avanço para 2016, prevendo que a queda continue. “Fatores como insegurança jurídica, além da instabilidade política e econômica afugentam os investidores e tornam o ambiente pouco propicio aos negócios. Dificuldades com o Minha Casa Minha Vida e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aliadas ao excesso de burocracia têm tornado o cenário ainda mais complicado”, declarou.
O empresariado acredita que é possível reverter o cenário e vislumbra reação a partir de 2017. “Entendemos que se o Governo intensificar as Parcerias Público-Privadas (PPPs) e ter novas concessões para rodovias, portos e aeroportos podemos vislumbrar novos investimentos e dar mais ânimo para o segmento da indústria da construção civil”, declarou Amarildo Melo.
De acordo com o presidente do Sinduscon/MS, o cenário ruim de 2015 foi reflexo da retração registrada na economia nacional e que culminou com a paralisação de grandes obras em todo o território nacional, incluindo o Estado, onde a fábrica de nitrogenados em Três Lagoas parou, causando muitas demissões e provocando um saldo negativo na geração de empregos, que foi iniciado em 2014 e se agravou em 2015. “O cenário econômico atual conduz os empresários a agirem com cautela. Acreditamos que 2016 será de estagnação”, declarou.