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Economia Terça-feira, 08 de Julho de 2025, 18:22 - A | A

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Aumento

Vendas de legumes disparam no Inverno e frutas perdem espaço na Ceasa/MS

Procura por batata, abóbora e hortaliças cresce até 30%, enquanto frutas como a melancia registram queda de até 70% nas vendas

Elaine Oliveira
Capital News

Durante o inverno, o comportamento do consumidor se transforma e impacta diretamente o mercado da Ceasa/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul). Se por um lado há queda no consumo de frutas, por outro, a procura por legumes e hortaliças aumenta significativamente, conforme explica o diretor de Abastecimento e Mercado da Ceasa, Fernando Begena.

Segundo ele, cresce a demanda por produtos como abóbora, cenoura, batata, além de temperos frescos como salsinha, cebolinha e coentro. “Essas hortaliças incrementam uma infinidade de sopas e caldos, muito consumidos pela população nesse período. Quem busca qualidade, sem dúvida, encontra esses produtos aqui na Ceasa/MS”, afirma.

O aumento nas vendas é confirmado pelos comerciantes. Na JS Saraíva, por exemplo, a batata-doce é o carro-chefe, mas o destaque da estação também inclui moranga, abóbora cabotiá e alho. De acordo com o vendedor Edson Carlos, as vendas sobem até 30% no inverno. “No frio, os clientes tendem a adotar uma alimentação mais ‘pesada’, com mais condimentos e legumes cozidos”, diz.

Enquanto isso, as frutas exigem atenção redobrada com a qualidade, já que as baixas temperaturas comprometem a produção em algumas regiões fornecedoras. Proprietário da WB Bananas, Wandré Barbosa explica que, mesmo com a queda no consumo, a busca por qualidade é constante. “Conseguimos manter o padrão para atender o público que segue fiel, especialmente no caso da banana”, afirma.

Em contrapartida, a melancia sofre grande impacto nesta época. O gerente da WR Hortifruti, Ruan Carlos Souza, relata que a redução na procura pode chegar a 70%. Para atrair clientes, o preço do quilo da fruta está, em média, R$ 1,50, segundo dados da Dimer (Divisão de Mercado e Abastecimento). “É uma fruta refrescante, por isso é mais consumida no calor. No frio, a saída diminui bastante”, completa.

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