Em agosto de 2025, o preço da cesta básica em Campo Grande foi de R$ 768,79, o que representou uma redução de 0,90% em relação ao mês anterior, julho. No entanto, a cidade registrou uma alta acumulada de 7,58% quando comparado a agosto de 2024. Entre janeiro e agosto de 2025, o saldo é de leve retração de -0,20%. Apesar da queda recente, Campo Grande permanece com a 6ª cesta mais cara entre as capitais brasileiras.
O levantamento, realizado pelo DIEESE em parceria com a Conab, revelou que alguns itens apresentaram queda no preço entre julho e agosto. O tomate, por exemplo, ficou 18,95% mais barato, seguido pela batata (-13,97%) e pelo arroz agulhinha (-1,28%). No entanto, produtos como leite integral (+4,14%), açúcar cristal (+2,30%) e carne bovina de primeira (+2,11%) tiveram aumento no mês. Esses preços impactam diretamente o orçamento das famílias e refletem as variações constantes nos custos dos alimentos básicos.
Entre agosto de 2024 e agosto de 2025, o maior aumento foi no café em pó, com uma alta expressiva de 82,99%, seguido pelo tomate (+41,67%) e o óleo de soja (+27,55%). Já a batata foi o item que mais caiu de preço, com uma redução de 52,15%, sendo a maior baixa entre as 17 capitais analisadas. Esses dados demonstram a volatilidade dos preços e a diferença de custo entre os produtos essenciais.
Em relação ao impacto no orçamento, um trabalhador que recebe o salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou trabalhar 111 horas e 25 minutos em agosto para adquirir a cesta básica, o que representa 54,75% da sua renda líquida. Comparado a julho, esse tempo diminuiu levemente, quando era de 112 horas e 26 minutos, ou 55,25% da renda. Mesmo com a leve queda, o comprometimento da renda com a cesta básica permanece elevado para a maioria dos trabalhadores.