Campo Grande registrou a menor variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em julho de 2025, com alta de apenas 0,19%, conforme dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE. A retração foi puxada principalmente pela queda no preço da batata inglesa (-33,84%) e pela redução na tarifa de energia elétrica (-1,39%). “Essa variação coloca Campo Grande como a capital com menor inflação do país no mês”, apontou o levantamento.
Enquanto isso, o cenário nacional foi diferente: o IPCA do Brasil subiu 0,26% em julho, puxado justamente pela alta da energia elétrica residencial. Segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, “de janeiro a julho, energia elétrica acumula alta de 10,18%, com maior impacto individual no IPCA geral. Essa variação não era vista desde 2018”.
Na capital sul-mato-grossense, o grupo Alimentação e bebidas apresentou queda de 1,06% em julho. Itens como tomate (-5,53%), cebola (-27,58%), cenoura (-22,02%) e morango (-16,09%) também ajudaram a segurar a inflação. No acumulado do ano, esse grupo ainda registra alta de 0,99%.
O grupo Habitação teve queda de 0,48% no mês, com variação acumulada de 3,63% em 2025. Já outros grupos tiveram variações menores: Artigos de residência (-0,46%), Vestuário (-0,17%), Transportes (+0,15%), Saúde e cuidados pessoais (+0,38%), Despesas pessoais (+0,81%), Educação (+0,02%) e Comunicação (-0,23%).
No cenário nacional, o grupo Transportes teve alta de 0,35%, puxado pela elevação de 19,92% nas passagens aéreas. Os combustíveis, por outro lado, apresentaram queda de 0,64% no mês. “O grupamento dos combustíveis registrou queda pelo quarto mês consecutivo”, destacou Gonçalves. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que acompanha famílias com renda de até cinco salários mínimos, também teve alta nacional de 0,21% em julho. Campo Grande, porém, teve a menor variação regional: -0,27%.
