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Economia Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025, 15:23 - A | A

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Fiems defende juros baixos em crédito do Brasil Soberano

Longen alerta que empresas não suportam taxas acima do padrão global

Viviane Freitas
Capital News

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, afirmou nesta semana que as linhas de crédito do programa Brasil Soberano só terão efeito real se os juros forem competitivos. “Se vier com taxa de Selic mais adicional, as empresas vão quebrar. O empresário vai pensar duas vezes antes de assumir dívidas que não sejam competitivas internacionalmente”, disse.

Longen também criticou a forma como o pacote foi lançado pelo governo federal, afirmando que faltam segurança jurídica e estabilidade nas regras. “Lançar um pacote de afogadilho não resolve o problema estrutural. Devolver impostos temporariamente não garante competitividade”, avaliou.

O programa Brasil Soberano, criado pela Medida Provisória 1.309/2025, prevê R$ 30 bilhões em crédito com recursos do BNDES, garantias do FGE e contrapartidas como manutenção de empregos e desoneração parcial das exportações. A estimativa é de renúncia fiscal de R$ 5 bilhões até 2026.

A Famasul, que representa o setor agropecuário, também demonstrou preocupação com o programa. Na quarta-feira (13), a entidade afirmou que não é possível aderir às linhas de crédito sem saber a taxa de juros, alertando para o risco de endividamento no campo.

Dados do Ministério da Indústria mostram que os Estados Unidos foram o segundo maior destino das exportações brasileiras em 2024, atrás apenas da China. O aumento de até 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros pelos EUA motivou a criação do pacote, que busca evitar perdas na competitividade.

 

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