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Agronegócio Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025, 18:46 - A | A

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Previsão

Safra 2024/25 deve atingir 345,2 milhões de toneladas e bater novo recorde, aponta Conab

Produção de milho e soja puxa crescimento; algodão e arroz também registram alta, enquanto feijão apresenta queda

Elaine Silva
Capital News

A produção brasileira de grãos na safra 2024/25 está estimada em 345,2 milhões de toneladas, segundo o 11º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (14). O volume supera o recorde anterior de 320,91 milhões de toneladas, obtido na temporada 2022/23, e representa um crescimento de 47,7 milhões de toneladas frente à safra passada.

O avanço é resultado da maior área cultivada no país — estimada em 81,9 milhões de hectares, alta de 2,5% — e, principalmente, da recuperação da produtividade média, que passou de 3.722 quilos por hectare para 4.214 quilos.

Destaques da produção

Milho: previsão de 137 milhões de toneladas, a maior da história, sendo 109,6 milhões da segunda safra, que já está 83,7% colhida. Só Mato Grosso responde por 53,55 milhões de toneladas, quase metade do total do milho safrinha no país.

Soja: estimativa de 169,7 milhões de toneladas, 14,8% a mais que no ciclo 2023/24, impulsionada por crédito via Plano Safra e clima favorável.

Arroz: produção prevista em 12,3 milhões de toneladas, alta de 1,7 milhão frente à safra anterior, beneficiada por aumento de área (8,8%) e boas condições no Rio Grande do Sul.

Algodão: expectativa de 3,9 milhões de toneladas de pluma, recorde histórico, com ganho de produtividade e área (7,3%).

Feijão: queda de 3,5%, para 3,1 milhões de toneladas, afetado por clima desfavorável no Paraná e redução esperada na terceira safra.

Trigo: previsão de 7,81 milhões de toneladas, próximo à estabilidade, mesmo com queda de 16,7% na área semeada.

Mercado do milho

Com a maior disponibilidade interna e possíveis redirecionamentos da demanda global — favorecidos por disputas tarifárias entre os EUA e grandes importadores —, as exportações brasileiras devem alcançar 40 milhões de toneladas, contra 38,5 milhões no ciclo anterior. O consumo interno também deve crescer, ultrapassando 90 milhões de toneladas, e os estoques finais devem subir para 10,3 milhões de toneladas.

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