Ricardo Stuckert / PR
Planta frigorífica da JBS em Campo Grande, na Rodovia BR-060
Com a aplicação da tarifa de 50% pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, Campo Grande será a cidade mais impactada em Mato Grosso do Sul. O motivo é que a Capital lidera as exportações de carne bovina para o mercado norte-americano — produto que já está incluído na sobretaxação.
Na semana passada, o presidente Donald Trump divulgou lista com 694 itens que escaparam do aumento, como celulose e ferro-gusa, respectivamente o segundo e terceiro produtos mais vendidos de MS aos EUA. A carne, no entanto, que é a principal exportação do Estado para o país de Trump, entrou na nova tarifa, junto com outros 3,8 mil produtos.
Foto oficial da Casa Branca por Molly Riley
Donald Trump
Segundo a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), Campo Grande exportou R$ 633,9 milhões em carne bovina para os Estados Unidos entre 2024 e o primeiro semestre de 2025, o que representa cerca de 97% das vendas externas da Capital. O restante corresponde a preparações alimentícias não especificadas.
O destaque se explica também pelo tamanho do rebanho: Campo Grande é a 3ª capital com maior número de cabeças de gado do Brasil, com 415.630 bovinos, segundo pesquisa do IBGE divulgada em 2022.
Depois da Capital, os municípios que mais venderam carne bovina aos EUA foram Nova Andradina (R$ 150,1 milhões), Naviraí (R$ 141,7 milhões), Bataguassu (R$ 136 milhões) e Anastácio (R$ 128 milhões).
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No ranking geral de exportações para os norte-americanos, Três Lagoas lidera com cerca de R$ 1,1 bilhão, mas suas vendas se concentram na celulose — que ficou de fora da sobretaxação.
