Um levantamento da Escola de Segurança Multidimensional (ESEM), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Instituto IPSOS, revelou que 152 mil pessoas em Mato Grosso do Sul consomem cigarros eletrônicos regularmente. O estudo, divulgado nesta quarta-feira (22), mostra ainda que outros 313 mil sul-mato-grossenses usaram cigarros eletrônicos ou sachês de nicotina de forma ocasional nos últimos seis meses.
De acordo com o levantamento, se o comércio fosse legalizado, apenas em Mato Grosso do Sul poderiam ser arrecadados cerca de R$ 245 milhões por ano em impostos estaduais e federais. Atualmente, o mercado ilegal movimenta aproximadamente R$ 140 milhões anuais no estado, sem recolhimento de tributos. Nacionalmente, o número de usuários frequentes desses produtos chega a 10 milhões de brasileiros, com 15,4 milhões relatando uso recente.
O coordenador da pesquisa, Leandro Piquet, especialista em segurança pública, destacou que a falta de regulação alimenta o crime organizado. “O regime de proibição, em vez de eliminar o mercado, acaba por transferi-lo para a esfera do crime organizado, que busca lucro, controle territorial e corrupção sistêmica”, afirmou o pesquisador.
O estudo foi conduzido com uma amostra de 3 mil adultos em todas as regiões do país, combinando entrevistas presenciais e online, com margem de erro de 1,8%. Financiada pela Philip Morris Brasil, a pesquisa busca compreender o impacto econômico e social do comércio ilegal, que custa ao país mais de R$ 7,8 bilhões por ano e representa desafio crescente também em Mato Grosso do Sul.
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