O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) investiga um caso suspeito de gripe aviária em Angélica, cidade a 272 km de Campo Grande. O foco está em uma criação doméstica de subsistência e faz parte de um conjunto de nove investigações ativas no país, além de dois casos já confirmados no Rio Grande do Sul.
As apurações incluem análises clínicas e coleta de amostras por veterinários oficiais. Caso a suspeita seja considerada provável, o material segue para diagnóstico definitivo no laboratório oficial do Mapa em Campinas (SP).
Além de Mato Grosso do Sul, há investigações em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Tocantins e Pará. De acordo com o Mapa, os sintomas observados incluem síndromes respiratórias e nervosas nas aves, o que exige atenção técnica especializada.
No Estado, autoridades sanitárias destacam que os protocolos de biossegurança animal são robustos e atualmente não há necessidade de medidas drásticas, como barreiras sanitárias entre estados. A postura segue a diretriz do Mapa, que defende a regionalização do bloqueio comercial, evitando sanções amplas ao país.
Contudo, há preocupação quanto a possíveis restrições de exportação, especialmente da China e outros mercados internacionais. Mato Grosso do Sul possui três plantas de abate com forte presença no comércio exterior, que podem ser impactadas caso a doença seja confirmada.
Por ora, não há reprogramação no alojamento de aves. Com isso, os produtos devem ser redirecionados para outros mercados e o consumo interno, o que pode gerar aumento da oferta no mercado doméstico.
Autoridades reforçam que a formação e qualificação contínua dos produtores é essencial para garantir o controle da doença e a segurança sanitária, mantendo a credibilidade da avicultura sul-mato-grossense no cenário nacional e internacional.