A colheita da segunda safra de milho atingiu 10,2% da área plantada em Mato Grosso do Sul, segundo a Aprosoja. A região central lidera o avanço, com 12,5% da área colhida. O atraso no processo é causado pela umidade alta dos grãos e pela escassez de caminhões para escoamento da produção.
Até agora, cerca de 214 mil hectares foram colhidos, com expectativa de pico em julho e término previsto para agosto. O coordenador técnico da Aprosoja, Gabriel Balta, explica que os produtores preferem deixar o milho secar naturalmente para evitar custos com secagem artificial, o que atrasa a colheita.
Além disso, o atraso no plantio da soja em Chapadão do Sul também impactou o início da colheita do milho na região, que foi plantado entre fevereiro e março. Segundo o diretor da Aprosoja, Pompílio Silva, isso contribuiu para o ritmo mais lento da colheita local.
No aspecto econômico, o aumento da oferta de milho tem pressionado os preços para baixo, agravado pela queda do dólar e pela falta de capacidade de armazenagem no Estado, aponta o analista Mateus Fernandes. A previsão do tempo indica dias firmes, sem chuvas significativas, favorecendo a continuidade da colheita.